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SOJA: EM CHICAGO, MERCADO INICIA 4ª FEIRA COM LEVE ALTA E TENTA CONSOLIDAR MOVIMENTO POSITIVO

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações da soja iniciaram o pregão desta quarta-feira (4) com ligeiras altas. Por volta das 7h54 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam ganhos entre 3,25 e 4,25 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,81 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 8,78 por bushel.
O mercado tenta consolidar um movimento positivo mais expressivo, após fechar a sessão desta terça-feira bem próximo da estabilidade. Os analistas ressaltam que, com a finalização da colheita americana, que chegou a 92% até o último domingo, o mercado entra em momento de calmaria. Além disso, o foco passa a ser a evolução dos trabalhos nos campos no Brasil.
"Nesse momento faltam notícias que alterem de forma significativa as perspectivas para os próximos meses. A colheita nos EUA está praticamente encerrada e, por enquanto, não se enxerga nenhuma adversidade climática para a safra brasileira. Com isso, o mercado segue sem grandes emoções, buscando uma informação que estimule uma tomada de decisão mais expressiva", explica o analista de mercado da Societé Générale, Stefan Tomkiw.
Ainda assim, é consenso entre os especialistas que a demanda permanece aquecida pelo grão norte-americano. "Nas últimas semanas a demanda entrou de forma agressiva absorvendo um volume expressivo de soja nos EUA, mas ainda insuficiente para absorver todo o volume presente no mercado. Por isso, no curto prazo as cotações estão sustentadas pela demanda, porém, a perspectiva positiva para a safra sulamericana mantém os vencimentos mais longos com uma limitação no movimento de alta", diz Tomkiw.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja: Em sessão volátil, mercado fecha terça-feira (3) próximo da estabilidade na CBOT
Em mais uma sessão volátil, as cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta terça-feira (3) em campo misto, próximas da estabilidade. As principais posições da oleaginosa chegaram a exibir ganhos de mais de 7 pontos, porém, ao longo do pregão reduziram as valorizações e as primeiras posições exibiram ganhos entre 0,20 e 0,60 pontos. As posições mais longas registraram quedas entre 0,20 e 0,40 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,78 por bushel.
Diante da finalização da colheita do grão norte-americano, o mercado entra em um momento de calmaria, conforme explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Até o último domingo (1), pouco mais de 92% da área plantada nesta temporada já havia sido colhida, de acordo com dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Na semana anterior, os produtores americanos já tinham colhido cerca de 87% da área semeada nesta safra. Entretanto, o percentual indicado pelo órgão ficou acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 81% e também da média dos últimos cinco aos, de 88%. Ainda assim, as apostas do mercado giravam ao redor de 96% da área colhida.
"Nesse momento, os produtores americanos irão armazenar a soja em silo próprio e daqui a duas semanas começa a nevar no país. E, por enquanto, os preços praticados atualmente não são remuneradores aos agricultores, uma vez que o custo de produção gira em torno de US$ 9,60 por bushel. Com isso, a perspectiva é que os produtores esperem uma melhora no mercado para voltarem a negociar", afirma Brandalizze.
Paralelamente, a partir de agora, os participantes do mercado estão focados no andamento do plantio do grão da safra 2015/16 no Brasil. Frente aos custos de produção elevados, incerteza cambial e chuvas irregulares, muitos produtores brasileiros estavam receosos em iniciar a semeadura da oleaginosa. O último levantamento da AgRural dá conta que até o final da semana anterior em torno de 31% da área projetada para essa safra já tinha sido cultivada.
Contudo, o percentual está abaixo da média dos últimos cinco anos, de 42%. A consultoria ainda ressaltou que, os trabalhos nos campos continuam atrasados no estado de Mato Grosso, importante produtor do grão no país, mas avançados no Paraná. E, pelo menos por enquanto, a perspectiva é que o plantio ganhe ritmo devido às chuvas mais generalizadas.
Apesar de mais generalizadas, as precipitações continuam irregulares, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste, segundo informações do agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos. Em nota, o especialista reportou que, "aquele período de chuvas mais irregulares continua sendo previsto para meados de novembro, ou seja, entre a segunda e terceira semana do mês tanto no Centro-Oeste quanto no Sudeste. Ocorrerá novamente aquele padrão de chuvas muito irregulares, não sua ausência total, mas sim chuva muito irregular, igual foi em outubro", diz.
A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) reportou nesta terça-feira que a safra 2015/16 brasileira deverá totalizar um recorde de 98,6 milhões de toneladas. No boletim de outubro, a produção foi estimada em 97,8 milhões de toneladas. Já o departamento americano aposta em uma safra brasileira de soja ao redor de 100 milhões de toneladas para esse ciclo.
Ainda nesta terça-feira, o USDA corrigiu as informações divulgadas em relação às vendas para a China. Nesta segunda-feira, o departamento informou que cerca de 234 mil toneladas da safra 2015/16, anunciadas em uma venda anterior, teriam sido transferidas para a nação asiática. Na verdade, o volume destinado ao país foi de 188 mil toneladas, segundo informou o órgão em nota.
"Já a demanda permanece aquecida, vemos a China aproveitando para comprar a soja. Acredito que as cotações não têm espaço para baixas mais expressivas, uma vez que abaixo dos atuais patamares praticados não teremos vendedores no mercado", diz o consultor de mercado.
Mercado interno
Com influência do dólar, a terça-feira foi negativa aos preços da soja nos portos brasileiros. No terminal de Paranaguá, a soja para entrega futuro fechou o dia a R$ 79,00 e queda de 2,47%. Já no Porto de Rio Grande, a cotação da soja disponível recuou 2,69%, com a saca negociada a R$ 83,20.
Por sua vez, a moeda norte-americana recuou 2,39% e fechou a terça-feira a R$ 3,7705 na venda, maior queda diária desde 24 de setembro, quando a moeda caiu a R$ 3,73. Conforme dados divulgados pela agência Reuters, a queda é decorrente da atuação do Banco Central no câmbio e a expectativa de ingresso de recursos no país, em um dia de poucos negócios.
No mercado interno, o Cepea reportou nesta terça-feira que os valores da soja em grão e dos derivados registram alta expressiva neste ano. De acordo com os pesquisadores da instituição, a maior valorização ocorreu na parcial do segundo semestre em meio à valorização cambial, entressafra no país e os embarques do grão e derivados acima da média para o período.
Por outro lado, a demanda interna também está aquecida, com isso, o preço recebido pelo produtor rural em outubro superou em mais de 30% o registrado em outubro do ano anterior, em termos nominais. No mercado disponível, a valorização média da soja ficou em 32%, mesmo percentual observado do óleo, já no farelo, o número chegou a 33%.
Enquanto isso, as exportações brasileiras de soja fecharam o mês de outubro com o total de 2.594,1 milhões de toneladas embarcadas. A média diária ficou em 123,527 mil toneladas do grão, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta terça-feira. Em relação ao mês anterior, a média diária representa uma queda de 30%.
Porém, em comparação com o mesmo período do ano anterior, os embarques de soja diários são equivalentes a uma alta de 283,5%. No balanço de outubro de 2014, a média diária exportada do grão ficou em 32,2 mil toneladas. Já em relação à receita, as exportações da oleaginosa em outubro/15 renderam ao país US$ 989,6 milhões, com média diária de US$ 47,122 milhões.
"Estamos em um momento de entressafra no Brasil, o produtor já negociou boa parte da safra velha de soja e o restante utiliza como ativo financeiro. Da safra nova, o agricultor também está bem posicionado, consequentemente, o foco está no campo, na implantação das lavouras e a garantia boa produtividade", finaliza Brandalizze.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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