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SETOR DE FRUTAS E HORTALIÇAS EMPREGA MILHÕES DE PESSOAS NO BRASIL

O cultivo de hortifrúti se mostra importante para a economia do Brasil, uma vez que gera cerca de 13 milhões empregos diretos e indiretos, em uma área de pouco mais de 5 milhões de hectares, superando a cadeia de soja, que tem área superior a 34 milhões de hectares de norte a sul do País. Os números constam no Cenário Hortifruti Brasil, documento lançado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) e o programa Hortifruti Saber & Saúde.

Um dos principais produtores do País é Minas Gerais, que se destaca em 15 dos 24 cultivos pesquisados, como o de morango, do qual é o principal produtor (75 mil toneladas anuais) e do abacate (52 mil toneladas, atrás apenas de São Paulo, com 104 mil toneladas).

Ainda de acordo com o relatório, o Brasil produz 37 milhões de toneladas por ano de fruta e hortaliças, das quais entre 3% e 5% são exportadas. Mas, apesar dos números relevantes, o compilado mostra que áreas tradicionais de cultivos do país estão perdendo força.

“Os estados de São Paulo, Minas Gerais e o Sul estão reduzindo suas áreas de produção. Isso se dá em função do elevado preço da terra, da menor disponibilidade de mão de obra e de problemas fitossanitários ocasionados pela manutenção de um único tipo de manejo por anos consecutivos em uma dada área. Enquanto isso, novas regiões expandem sua produção, especialmente no Cerrado e no Nordeste”, destaca Adriana Brondani, coordenadora científica do programa Hortifruti Saber e Saúde.

O relatório chama a atenção para o uso racional de insumos agrícolas e a adoção de tecnologia pelos produtores. A fertilização foi identificada como um dos manejos mais importantes, uma vez que seu uso correto resulta em um uso mais racional de defensivos. A irrigação e as práticas culturais, a exemplo das podas, também são fatores decisivos na produtividade e no sucesso dos agricultores de frutas e hortaliças.

A adoção dessas e de outras tecnologias, segundo o relatório, é alta nas culturas de mamão, melão e brócolis, nas quais sua aplicação é superior a 50%. Se considerarmos os cultivos em que a maior parte do dos produtores tem perfil de médio ou alto uso de tecnologia, poderemos citar, entre as frutas, abacate, limão, manga, maçã e morango. Entre as hortaliças, cebola, pimentão e tomate.

“Segundo o IBGE, 87% dos brasileiros vivem em regiões urbanas, o que dificulta o entendimento sobre como os alimentos são produzidos. Com isso, o objetivo do relatório é promover esse conhecimento, desmistificando a atividade e mostrando o seu potencial de crescimento, assim como a adoção de tecnologia no campo. Além disso, por ser um estudo inédito, acreditamos que contribuirá para o melhor entendimento do setor, incluindo das áreas onde a produção está caindo, como Minas Gerais, e onde ainda há espaço para crescimento, como o Rio Grande do Norte”, completa Adriana.

Fonte: Uagro



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