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SECA, CHUVA E PREJUÍZOS

A falta de chuva tem causado prejuízo a moradores do Amazonas. Quatro municípios do estado estão em situação de emergência por causa da estiagem. Já no pantanal do Mato Grosso do Sul, é a cheia fora de época provoca problemas aos pecuaristas da região.

O período de chuva, normalmente, começa em dezembro e vai até junho no Amazonas. Esse é inverno na região. Mas, este ano, a seca fora de época castiga o estado. Quatro municípios estão em situação de emergência por causa da estiagem fora de época.

O agricultor Mateus Barbosa fez as contas do prejuízo.

- Já perdi de seis a sete toneladas de pimentão, sem contar mais de 13 mil pés de alface. Tudo isso gera pra gente uma tristeza profunda – diz.

Água barrenta foi que sobrou para salvar o que ainda pode resistir a estiagem. As perdas agrícolas em Presidente Figueiredo, a 100 quilômetros de Manaus, chegam a 80%.

- Isso está afetando diretamente a economia das famílias que dependem da produção rural para sobreviver – diz Jean Ferreira secretário de Agricultura.

Na comparação de janeiro de 2015 com janeiro de 2016, as perdas em dinheiro passam de R$ 1 milhão. Em uma área da região, quatro barracões foram utilizados para a plantação de cheiro-verde. Mas, sem água, tudo secou e as plantações foram perdidas.

Os moradores da comunidade Boa Esperança, em Presidente Figueiredo, sofrem com a estiagem desde novembro do ano passado. O agricultor José Inês perdeu oito mil pés de banana.

- Esperar em Deus agora que mande chuva pra que se recupere – diz.

Doze caminhões por semana saíam dos ramais para as feiras em Manaus. Hoje não passam de três.

Já no pantanal do Mato Grosso do Sul, foi a cheia fora de época que pegou os pecuaristas de surpresa. Cercas e porteiras de fazendas estão em baixo d’água. Os animais tentam buscar lugares secos, mas não conseguem vencer a inundação.

Na região da Estrada Parque, no baixo Pantanal de Mato Grosso do Sul, a cheia chegou mais cedo e com mais intensidade este ano e está concentrada na região por causa das chuvas volumosas registradas no mês de janeiro nas cidades de Aquidauana e Miranda. Por isso, os criadores de gado da região tiveram que se antecipar para retirar os animais das propriedades.

Em janeiro, o agricultor João Venturini Júnior conseguiu fazer o transporte de 1,8 mil cabeças para áreas mais secas.

- Pela experiência que a gente tem, pelos anos de convivência na região, vimos que essa água ia chegar aqui na nossa região. Não imaginávamos que seria com esse volume todo. Mas, começamos a adiantar e começar a tirar os animais daqui. Não sofremos muito porque conseguimos antecipar e soltar esses animais aqui da região – diz.

Mas nem todos os fazendeiros conseguem fazer a retirada do gado a tempo. O gerente de uma propriedade também na Estrada Parque informou que, por conta do alagamento que chegou até a entrada da fazenda, não foi possível fazer a retirada dos animais.

Os produtores rurais que ainda têm animais nas áreas alagadas estão sendo alertados para fazer a retirada o mais rápido possível para não perder o rebanho.

Fonte: G1 – Globo Rural



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