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RETRAÇÃO NAS EXPORTAÇÕES

As exportações mato-grossenses encerraram os sete primeiros meses de 2015 com retração de 20,78% na comparação com a receita acumulada em igual período do ano passado. Conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o faturamento da pauta somou de janeiro a julho deste ano US$ 7,97 bilhões contra US$ 10,07 bilhões em igual período de 2014. Entre os fatores que se sobrepuseram à valorização da taxa de câmbio e puxaram o faturamento da pauta estão a demanda pela soja em grão e pela carne bovina, que em cifras encolheram 28,69% e 13,96%, respectivamente. Outro agravante foi o arrefecimento da demanda chinesa, maior parceiro comercial do Estado e do país, que reduziu em quase 29% o volume de negócios no acumulado de 2015 ante 2014.

Chama atenção na pauta mato-grossense que mesmo com o dólar registrando alta de quase 32% em 2015 e com o volume físico embarcado pelo Estado aumentando de 18,98 milhões de toneladas para atuais 19,51 milhões de toneladas, o faturamento siga a trajetória de queda na comparação anual.

A baixa de preços sobre as cotações internacionais das principais commodities agrícolas exportadas, especialmente, a soja em grão, tem sido mais significativa do que a valorização do câmbio. Isso se explica porque muitos contratos fechados lá atrás estão apenas sendo cumpridos nesse momento de elevação do dólar, pois a venda efetiva da produção ocorreu meses atrás.

Como mostram os dados do MDIC, a soja em grão somou receita de US$ 4,60 bilhões com a venda de 11,87 milhões de toneladas. As cifras correspondem a cerca de 58% de todo o faturamento da pauta contabilizado de janeiro a julho desse ano. Em igual momento de 2014, foram negociados US$ 6,45 bilhões e 12,73 milhões de toneladas. Naquele intervalo as vendas da soja em grão representavam mais de 64% do saldo das exportações mato-grossenses.

A tendência do segundo semestre do ano é de uma natural redução no ritmo de embarques da soja, commodity que se encontra no período de entressafra, para dar vazão ao milho e ao algodão em plena colheita no Estado. Ambas commodities exibem resultados positivos no período, altas de 12,83% e 40,28%, respectivamente. Em cifras, os embarques de milhos somam US$ 698 milhões contra US$ 618,66 milhões. Com esse performance positiva, o cereal volta ocupar o segundo lugar entre os produtos mais exportados pelo Estado.

No algodão o saldo dos sete meses é de US$ 252,14 milhões contra US$ 179,74 milhões em 2014. Em relação à carne bovina exportada, que volta para a terceira colocação, as vendas passaram de US$ 581,71 milhões para US$ 500,49 milhões.

Em relação aos destinos, a China segue responsável por quase 40% de tudo que o Estado faturou até julho, ao responder por US$ 3,14 bilhões. Na comparação anual há redução participação e de cifras, 43,56% e 28,41%, respectivamente. Além da China se destacam Indonésia, Paises Baixos (Holanda), Tailândia e Irã.

Fonte: Diário de Cuiabá



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