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REDUÇÃO DE CUSTOS

A Federação das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), juntamente com a Embrapa Trigo, de Passo Fundo, divulgaram nota técnica apresentando os resultados da pesquisa de alternativas para o trigo. O projeto foi realizado em campos experimentais da Coopibi, em Ibiraiaras; da Coopatrigo, em São Luiz Gonzaga; e da Cotricampo, em Campo Novo, além de uma área da Embrapa em Coxilha. A variação da redução de custos verificada na pesquisa e divulgada no documento ficou entre 8,98% e 18,7%.

A ideia é estimular a diversificação da produção, considerando que, em um ano normal, é produzido um excedente de mais de um milhão de toneladas, o que avilta o preço do trigo no Rio Grande do Sul, causando prejuízos a todos os produtores do cereal. De acordo com o presidente da Fecoagro-RS, Paulo Pires, os resultados do primeiro ano da pesquisa são promissores, e a ideia é dar continuidade à proposta. O objetivo é, no mês de fevereiro, retomar o plano com os pesquisadores da Embrapa em conjunto com os técnicos das cooperativas e discutir a implementação dos próximos passos desta iniciativa.

- Depois, vamos debater a viabilidade com as áreas comerciais das cooperativas e buscar a participação de agentes do mercado, sempre olhando a rentabilidade do produtor e a liquidez do produto colhido – informa.

O dirigente destaca a experiência da Embrapa Trigo e seus pesquisadores no domínio da pesquisa e da difusão e transferência de tecnologias. Pires afirma que os dois eixos básicos da proposta são a assistência técnica para a manutenção de altas produtividades e a racionalização de despesas focada em mercados que tenham liquidez e aporte para o volume de produção que o Rio Grande do Sul produz.

- Neste ponto, respeitamos as práticas regionais e o contexto da produção do trigo pão. Mas quem sabe daqui a alguns anos possamos começar uma especialização de trigo pão para a indústria e também para atender ao mercado de exportação, com isso aumentando a área desta importante cultura para o sistema produtivo gaúcho – observa.

O presidente da Fecoagro-RS lembra que, além do estímulo para a cultura do trigo no Estado, a alternativa pode auxiliar o produtor em momentos de problemas na hora da comercialização, como os vividos nesta temporada. Pires enfatiza que a redução de despesas não quer dizer que a tecnologia será menor para a produção do cereal.

- Podemos, sim, fazer uma agricultura com uso mais racional de insumos, e isso não significa redução do uso de tecnologia. Podemos usar menos insumos e manter a alta tecnologia e através do conhecimento técnico – reforça.

Fonte: Jornal do Comércio



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