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PREÇOS QUE NÃO AGRADAM

No Paraná, os agricultores estão no meio do plantio da soja, mas muitos ainda nem venderam a safra passada. Preferem manter os grãos guardados em silos.

As máquinas seguem aceleradas para terminar o plantio da soja no Paraná. Mas enquanto o solo é semeado, parte da última safra segue estocada. É a estratégia de agricultores como Jorge Pedro Frare, que vendem o grão aos poucos. Ele tem uma fazenda em Doutor Camargo, norte do Paraná.

- A gente sempre deixa um pouco da safra. Ano que vem eu colhi uma safra nova, vendo toda essa velha e vou sempre deixando um pouco da safra nova para administrar a venda. -

Na propriedade do Jorge boa parte da safra da soja, que foi colhida no começo deste ano, ainda não foi comercializada – 70% dos grãos estão armazenados nos silos das cooperativas. É que o preço não está agradando o produtor.

- Hoje a gente queria pelo menos uns R$ 70 a saca para poder fazer uma margem e poder fazer mais investimento na agricultura – fala Jorge.

A saca de 60 kg na região está sendo vendida a R$ 62. No ano passado, nessa época, chegou a custar R$ 84.

O milho também teve queda significativa no preço. Em 2016 chegou a R$ 37. E agora, a saca está sendo vendida, em média, a R$ 21. Em uma cooperativa, 40% da soja e 60% do milho recebidos na última safra ainda estão armazenados. A estratégia dos produtores é guardar os grãos e esperar melhores preços. No local, os silos têm sido a caderneta de poupança de muitos agricultores.

O vice-presidente de negócios da Cocamar, José Cícero Aderaldo, diz que há três anos essa estratégia vem crescendo estre os associados da cooperativa.

- Alguns produtores têm optado por deixar suas economias em produto e não em dinheiro. Em vez de vender e aplicar o dinehiro no mercado financeiro, ele acaba optando por ficar com o grão nos armazéns da cooperativa. -

Nos silos da Cocamar há agricultores que acumulam grãos colhidos nas últimas quatro safras.

Fonte: Globo Rural



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