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Pesquisa busca soluções para conter erosão no Noroeste

A perda de nutrientes do solo e sedimentos transportados pela água
durante os processos erosivos é o foco da pesquisa conduzida pela Universidade
Centro de Ensino Superior de Maringá (UniCesumar), no Noroeste do Paraná. Isso
porque a região do Arenito Caiuá está mais suscetível a erosão devido à
quantidade reduzida de matéria orgânica no solo – existe um predomínio de
partículas de areia – e maior sensibilidade às práticas de manejo
convencionais.

O projeto tem duração de quatro anos e faz parte da Rede Paranaense de
AgroPesquisa e Formação Aplicada (RedeAgroParaná), que conta com apoio financeiro
do SENAR-PR e da Fundação Araucária. O monitoramento será realizado a partir
dos eventos de chuva na região, quando houver escoamento superficial da água.

A pesquisa está sendo desenvolvida nas microrregiões de Presidente
Castelo Branco, onde há cultivo de cana-de- -açúcar, e de Cianorte, em área de
cultivo de mandioca, contemplando a Bacia do Rio Ivaí. No estudo, são
analisadas as áreas de propriedade rural e os manejos aplicados na agricultura
local pelos produtores. A partir disso, a meta é definir critérios para propor
soluções práticas para a conservação, visto que o manejo incorreto pode
estimular vários processos de desagregação do solo e consequente erosão pela
água da chuva.

Segundo o coordenador da pesquisa, Edison Schmidt Filho, por meio do
monitoramento hidrológico, seu efeito sobre a formação de sedimentos e a
redução da qualidade da água também será possível demonstrar a importância da
utilização dos terraços como prática para diminuir o problema de erosão na
região.

“Com o levantamento dos dados das duas microrregiões, poderemos
estabelecer uma comparação entre os aspectos físicos, químicos e biológicos no
solo e na água, o que vai melhorar as soluções para toda a região Noroeste. Os
produtores rurais carecem de informações para os problemas locais e vão poder
contar com informações atuais das investigações que estão sendo conduzidas,
afim de minimizar o risco de ocorrer erosão”, destaca.

No projeto também ocorre o monitoramento de outros atributos de
conservação do solo, impactados pelo processo de erosão e arraste de partículas
de solo pelas enxurradas. “Na análise química, por exemplo, estamos buscando
quantificar a perda de nutrientes, como potássio, cálcio, magnésio e fósforo,
que trazem prejuízos econômicos aos produtores rurais pela perda significativa
de solo”, afirma o pesquisador.

Ainda segundo Schmidt, é importante ter conhecimento de todos os
atributos do solo para desenvolver uma prática de manejo adequada à realidade
local, aliando o manejo conservacionista do solo, a adaptação da cultura e o
trabalho do produtor rural.

Apesar dos obstáculos ocasionados pela crise hídrica para a condução da
pesquisa, as perspectivas são promissoras. “É um dos projetos mais importantes
de conservação do solo que o Noroeste já recebeu, o que aumenta nosso desafio e
responsabilidade com a sociedade e com as pessoas envolvidas nesse contexto”,
avalia. “Esse estudo vai possibilitar a descoberta de alternativas que sejam
viáveis para o produtor rural aplicar no solo e melhorar sua qualidade, para que
consiga aumentar a produtividade e ter mais qualidade de vida”, conclui
Schmidt.

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Fonte: Sistema FAEP



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