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OSCILAÇÕES DO DÓLAR

O dólar trabalhava com leves oscilações ante o real nesta sexta-feira, de olho no comportamento da moeda ante divisas emergentes no exterior e no cenário político, à espera de novidades que possam dar pistas sobre o andamento das reformas no Congresso Nacional.

Às 11:59, o dólar recuava 0,11 por cento, a 3,3319 reais na venda, depois de terminar a véspera praticamente estável, a 3,3355 reais.

Na mínima, marcou 3,3320 reais e, na máxima, 3,3441 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,30 por cento.

- É forte a cautela com o político e com ajuste fiscal…que segue sendo a principal preocupação – avaliou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

Com a agenda esvaziada, os investidores estão acompanhando mais de perto o mercado externo, onde os preços do petróleo exibiam leves altas e favoreciam o recuo do dólar ante divisas de emergentes no exterior, como ante o peso mexicano. O dólar também cedia ante uma cesta de moedas

O movimento, entretanto, era contido pelas preocupações sobre como andarão as reformas no Congresso Nacional.

- A banda de 3,25 reais a 3,30 reais foi movida para 3,30 reais a 3,35 reais após o episódio da CAS. Isso mostrou que carece capital político para aprovar o ajuste fiscal. O mercado achava que a reforma trabalhista já era página virada – destacou Alessie Machado.

Depois que o presidente Michel Temer foi atingido por delação de empresário da JBS no âmbito da Operação Lava Jato, a moeda, que vinha operando até o teto de 3,20 reais, passou a oscilar cinco centavos acima, entre 3,20 reais e 3,30 reais.

Na terça-feira passada, entretanto, com a derrota do governo na votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, a moeda foi a 3,33 reais e tem operado nesses níveis desde então. Na véspera, ao atingir o nível de 3,35 reais, teto do novo intervalo, a moeda atraiu vendedores, que derrubaram os preços.

Ao longo da sessão, há a possibilidade de os investidores adotarem posição mais defensiva, diante do final de semana à frente e uma possibilidade, sempre presente, de novas denúncias atingirem o governo.

- A cautela com o político pode dar força para o dólar – resumiu o responsável pelo departamento de análise de câmbio da corretora Walpires, Fúlvio Andrade.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais –equivalente à venda futura de dólares– para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 5,330 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

Fonte: Reuters



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