A partir de novembro, o Governo do Estado começa a mudar a estratégia de vacinação contra a febre aftosa. Em vez de vacinar todo o rebanho na segunda fase da campanha, apenas os animais de até 24 meses receberão a imunização. A ideia é de que, em dois anos, Pernambuco passe a ser zona livre da doença sem vacinação. Se isso acontecer, a perspectiva é de que os pecuaristas tenham condições de exportar a carne com alto valor agregado.

De acordo com a gerente-geral da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Erivânia Camelo, este ano será feita uma avaliação de eficiência da vacina, com intuito de identificar seu efeito em longo prazo.

- A aftosa só garante imunidade por seis meses, mas há estudos que dizem que, se a dosagem for dada várias vezes, a imunidade estará garantida por muito mais tempo. Fato que já estaria acontecendo em Pernambuco – explicou, destacando que, como a maioria dos bois do Brasil tem vida de corte de dois a três anos, seria mais coerente vacinar apenas os mais jovens.

Essa movimentação é seguida por boa parte dos estados do Nordeste.

- Exceto Bahia e Sergipe, que estão nesse regime há um tempo, após a aprovação do Ministério da Agricultura – detalhou. A gerente-geral garante que, assim que a medida for implementada, o ganho será expressivo para o criador. – Cada dose custa entre R$ 1,60 e R$2. Um gasto de, no máximo, R$ 4 milhões com vacina em todo Estado – frisou, pontuando que a participação no mercado internacional também pode melhorar, apesar de a produção de leite ser ainda mais expressiva por aqui. – Consideram que o Brasil ainda infectado, porque três estados ainda não são livres. Com isso, o comércio impõe essa barreira sanitária – disse.

O último caso em Pernambuco foi em Itaíba, no Agreste, em 1999.

- A doença pode voltar a qualquer momento por bioterrorismo, mas o serviço fitossanitário tem que estra preparado – afirmou Erivânia, por meio de nota, que os pleitos seguem em análise.

Fonte: Secretaria de Agricultura de Pernambuco