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MILHO: EM CHICAGO, MERCADO SEGUE SEM NOVIDADES E OPERA PRÓXIMO DA ESTABILIDADE NA MANHÃ DESTA 6ª FEIRA

No início da sessão desta sexta-feira (19), os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras movimentações. As principais posições da commodity exibiam leves perdas, de 0,25 pontos, por volta das 7h52 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,65 por bushel e apenas o contrato dezembro/16 registrava leve ganho de 0,25 pontos, negociado a US$ 3,86 por bushel.
As agências internacionais reportam que ainda há uma falta de informações no mercado que possam mudar o atual cenário de preços praticados em Chicago. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o volume ficou em 346,3 mil toneladas, abaixo das expectativas dos participantes do mercado, entre 800 mil a 1,1 milhão de toneladas.
"Em relação ao tempo, especialmente na América do Sul, temos previsão de chuvas na Argentina, o que poderia retardar a colheita do cereal. Ainda ontem,  a Bolsa de Buenos Aires estimou a safra do cereal em 25 milhões de toneladas para essa temporada. Já no Brasil, o tempo deverá permanecer um pouco mais seco nas principais regiões produtoras", disse o editor e analista do site Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Em Paranaguá, preço futuro sobe 1,39% e chega a R$ 36,50 a saca; no mercado interno, cotações estáveis
Diante da alta do dólar nesta quinta-feira (18), o preço da saca do milho para entrega em setembro/16 subiu 1,39% em Paranaguá e chegou a R$ 36,50. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o preço registrou ligeira queda de 1,30%, com a saca cotada a R$ 38,00. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Na visão do analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildendrandt, os leilões de venda dos estoques públicos do governo tem contribuído para acalmar o mercado. Ainda nesta quarta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou mais duas operações que irão ofertar 150 mil toneladas do cereal e serão realizadas na próxima terça-feira (23). No total, a entidade já ofertou 450 mil toneladas, das 500 mil toneladas anunciadas inicialmente para a realização dos leilões.
"Acreditamos que os preços ainda podem se acomodar em patamares mais baixos com a chegada desse milho adquirido nas operações. Muitos ainda não receberam o grão arrematado no leilão do dia 2 de fevereiro e procuram outras fontes. E esse fator aliado ao desenvolvimento da colheita da safra de verão pode pressionar as cotações", explica o analista.
No Rio Grande do Sul, um dos mais importantes na produção do cereal na primeira safra, a colheita avançou em relação à semana passada e subiu de 35% para 38%, conforme dados reportados pela Emater/RS. O número está bem próximo do observado no mesmo período do ano anterior, quando a colheita estava completa em 39% da área semeada. "As condições de tempo permitiram concluir a colheita da área de milho safra (área semeada no cedo), com a produtividade alcançada superior a expectativa inicial", informou a entidade em seu mais recente boletim técnico.
E, por enquanto, as produtividades relatadas pelos produtores gaúchos giram em torno de 8,5 toneladas por hectare até 12 toneladas por hectare. Em relação à qualidade do produto, a Emater/RS destaca que não há índices significativos de grãos avariados. E, apesar da umidade relativa elevada, os agricultores conseguem colher as lavouras dentro dos níveis de umidade ideais.
No caso do Paraná, a colheita já está completa em 24% da área plantada, informou o Deral (Departamento de Economia Rural) nesta quinta-feira. Em torno de 90% das lavouras apresentam boas condições, 9% têm condições medianas e 1% registram condições ruins. O órgão ainda reportou que cerca de 59% das plantações estão em fase de maturação. Em seu último relatório, a Conab estimou a produção de milho do Rio Grande do Sul em 5.903,5 milhões de toneladas. A safra paranaense ficou em 3.618,0 milhões de toneladas.
Além disso, os analistas também destacam que as negociações começam a se voltar para a soja nesse momento, movimento natural observado todos os anos. Tanto é que, as exportações de milho superam os 2 milhões de toneladas acumuladas em fevereiro, de acordo com dados oficiais da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), porém, os line-ups já indicam uma redução no número de navios para o carregamento do cereal nos portos brasileiros nos próximos dias, segundo reportam os especialistas.
O analista ainda orienta que os produtores acompanhem a movimentação cambial. "Devido às incertezas no cenário político e econômico, há uma expectativa de alta no dólar. E o único risco para o câmbio voltar a patamares mais baixos é com a saída do Governo. Então, seria um bom momento para fazer contratos de operação de Put (opção de venda)", diz Hildendrandt. Com a operação, o produtor adquire o direito de vender o cereal a determinado valor.
BM&F Bovespa
Mais uma vez, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram o dia em campo misto. Nesta quinta-feira (18), apenas a primeira posição, março/16, exibiu ligeira alta de 0,12%, cotada a R$ 42,05 a saca. Já as demais posições, maio/16 e setembro/16, exibiram leves quedas de 0,21% e 0,42%, respectivamente.
Enquanto isso, o dólar, que tem sido uma das principais variáveis às cotações, fechou a sessão a R$ 4,0490 na venda, com ganho de 1,38%. Na máxima do dia, a moeda chegou ao patamar de R$ 4,0520. O dólar voltou a subir hoje, depois de recuar quase 2% no dia anterior. Já a movimentação positiva teve suporte nas preocupações com a situação fiscal do Brasil e por incertezas políticas, conforme informou a agência Reuters.
Bolsa de Chicago
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quinta-feira (18) do lado negativo da tabela. Os vencimentos da commodity exibiram ligeiras movimentações no pregão de hoje e encerraram o dia com perdas entre 1,75 e 2,50 pontos. O contrato março/16 era cotado a US$ 3,65 por bushel, já o maio/16 a US$ 3,69 por bushel. O mercado voltou a recuar depois de dois dias consecutivos de ganhos.
"Os mercados caminharam mais baixo nesta quinta-feira diante das poucas notícias para orientar as negociações", informou o site internacional Farm Futures. A falta de novas informações segue em Chicago, o que faz com que as cotações ainda trabalhem de maneira técnica. E, nem mesmo o reporte da venda de 106,162 mil toneladas de milho para a Costa Rica, anunciada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foi o suficiente para dar sustentação às cotações.
"O tempo na América do Sul pode trazer alguma ameaça para a produção do cereal e as chuvas poderiam retardar a colheita do grão na Argentina. Enquanto isso, no Brasil o tempo deve ser mais seco", disse o analista e editor do site Farm Futures, Bob Burgdorfer. Os investidores também aguardam as informações sobre a nova safra norte-americana. Diante dos custos elevados de produção e dos patamares mais baixos praticados em Chicago, não há definição a respeito da área que será destinada ao cultivo do milho ou da soja no país.
Nesta sexta-feira (19), o USDA irá trazer os números das vendas para exportação. O boletim será divulgado amanhã devido ao feriado da última segunda-feira (15) no país, em função do feriado do Dia do Presidente. Na semana anterior, o volume ficou em 346,3 mil toneladas, abaixo das expectativas dos participantes do mercado, entre 800 mil a 1,1 milhão de toneladas.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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