drone_portal

MILHO: APÓS FECHAR EM QUEDA, MERCADO EXIBE LEVES ALTAS NA MANHÃ DESTA 3ª FEIRA EM CHICAGO

Após fechar com queda de 5 pontos nos principais vencimentos, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo positivo na manhã desta terça-feira (12). As principais posições do cereal exibiam leves altas entre 1,75 e 3,00 pontos, por volta das 8h45 (horário de Brasília). O vencimento maio/16 era cotado a US$ 3,59 por bushel.
Na última sessão as cotações na CBOT caíram sobre influência das estimativas sobre o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado nesta terça-feira (12). As apostas são de que o USDA traga um cenário de oferta mais folgada para o cereal, com os estoques finais de 46,66 milhões de toneladas para 46,96 milhões de toneladas.
Além disso, o acompanhamento do plantio nos EUA exerce pressão sobre o mercado. No primeiro relatório do Departamento, divulgado na segunda-feira (11), apontou 4% da área plantada, 1% acima do igual período no ano passado.
Confira como fechou o mercado na segunda-feira:
Milho: Com influência do dólar, preço futuro recua 5,88% no Porto de Paranaguá nesta 2ª feira
Diante da forte queda registrada no dólar, o preço do milho para entrega setembro recuou 5,88% no Porto de Paranaguá e a saca fechou a segunda-feira (11) a R$ 32,00. Perto das 16h10 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,504 na venda, com queda de 2,56%. Conforme dados do site G1, a última vez que o câmbio fechou abaixo desse patamar foi no dia 21 de agosto de 2015.
Por sua vez, a movimentação negativa é decorrente das especulações em relação à perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O relatório está sendo votado nesta segunda-feira na Câmara dos Deputados e, segundo o responsável pelo relatório final da comissão que avalia o impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB- GO), "ninguém mais acredita no governo" e que "não há clima" para a continuidade da gestão da presidente, conforme reportou o site Valor Econômico.
Entretanto, no mercado interno, as cotações do cereal continuam firmes, de acordo com levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). "A relação entre maior demanda e baixa oferta tem mantido altos os preços do milho. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) se mantém na casa dos R$ 49,00/saca de 60 kg – na parcial de abril, acumula ligeira baixa de 0,56%, a R$ 49,40/sc de 60 kg na sexta-feira (8)", informou em nota.
Além do quadro ajustado entre oferta e demanda, que têm gerado até mesmo importações de milho de países vizinhos como Argentina e Paraguai, outro fator observado é comportamento do clima no Brasil. De acordo com o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, áreas de instabilidade já podem ser observadas sobre a metade norte do estado de Mato Grosso nesta segunda-feira (11). "Com isso, as chuvas fortes registradas sobre as áreas beneficiam muitas lavouras de milho e algodão safrinha. Na faixa sul e leste de São Paulo e sul de Minas Gerais também poderão ocorrer pancadas de chuvas isoladas entre o final da tarde e o início da noite devido à associação das áreas de instabilidade associadas ao forte calor", informou o especialista em seu último boletim.
Porém, no interior paulista e, em praticamente, todo o estado de Minas Gerais o tempo seguirá firme e sem previsões de chuvas para o início dessa semana. E esse deverá ser o padrão do tempo ao longo dessa semana. "Chuvas mais concentradas sobre o Sul e Norte do país, com possibilidades para pancadas de chuvas sobre a faixa oeste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nas demais regiões do Brasil, o tempo seguirá firme e temperaturas bem acima da média para essa época do ano", divulgou o agrometeorologista.
Ainda segundo dados do informativo, as chuvas só deverão retornar às regiões produtoras do Centro-Oeste, cerrado mineiro e interior de São Paulo no final da próxima semana. E, no Mato Grosso, apesar das precipitações desse começo de semana, chuvas generalizadas sobre todo o estado somente no final de abril.
"Existe um temor sobre o clima e as próximas 3 semanas serão decisivas. Isso fez com que o mercado se sustentasse, pois se tivéssemos chuvas regulares, as cotações já estariam caindo. Com isso, nosso alerta é para o produtor que tem milho disponível, para não ficar carregando o cereal. Já batemos níveis recordes esse ano", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Frente a esse cenário, as cotações do cereal fecharam a segunda-feira (11) estáveis, segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Apenas em Avaré (SP), o preço subiu 15,86%, com a saca negociada a R$ 46,40.
BM&F Bovespa
O dia também foi de ligeiras altas aos preços do milho praticados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal fecharam o dia com valorizações entre 0,49% e 2,81%. O vencimento setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 36,98 a saca, já o maio/16 finalizou o pregão a R$ 47,15 a saca e alta de 1,29%.
Bolsa de Chicago
Na contramão desse cenário, as principais posições do cereal negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia com quedas de mais de 5 pontos. O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,56 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,68 por bushel.
Segundo o site internacional Farm Futures, as cotações do milho foram pressionadas pelas fortes quedas registradas no trigo. "E ambos os grãos competem como alimento para ração animal. Por sua vez, os preços do trigo caíram diante da perspectiva de chuva generalizada na parte central do país", disse Bob Burgdorfer.
Além disso, os investidores também buscaram um melhor posicionamento frente ao novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta terça-feira (12). E, por enquanto, a perspectiva é que o órgão aumente os estoques finais para trigo e milho.
E, nem mesmo os bons números dos embarques semanais, divulgados pelo USDA deram suporte aos preços. Na semana encerrada em 7 de abril, os embarques do cereal somaram 1.121,902 milhão de toneladas, superando as projeções dos investidores, entre 775 mil a 975 mil toneladas. Ainda assim, o número é 14,1% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Paralelamente, com o início da safra norte-americana, os investidores também acompanham o comportamento do clima no país. Para essa nova temporada, a perspectiva é que os produtores aumentem a área destinada ao cultivo do cereal.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



avatar

Envie suas sugestões de reportagens, fotos e vídeos de sua região. Aqui o produtor faz parte da notícia e sua experiência prática é compartilhada.


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.