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FUTURO DA AGRICULTURA

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Seneri Paludo, foi debatedor na 5ª Conferência em Gestão de Risco e Comercialização de Commodities promovida pelo Instituto Educacional BM&F e Bovespa, na noite de terça-feira (10) em São Paulo. O cenário da agricultura para os próximos dez anos foi o tema de encerramento do evento.

Para o secretário Paludo, a agricultura brasileira terá a pesquisa, tecnologia e inovação e as mudanças no modelo de crédito como os dois grandes desafios para a próxima década.

- Creio que o grande desafio é saber como fazer, mas a política agrícola atual precisa passar por adequações – afirmou. 

Na opinião do secretário o modelo de crédito apresentado até o momento foi muito importante para o desenvolvimento da produção agrícola brasileira, mas agora precisa ser focado para o mercado de capital, de hedge, e ser menos estatizado, pela própria falta de capacidade de oferta de crédito oficial, e mais pulverizado na oferta por agentes financeiros.

- Sabemos que essas mudanças deverão ocorrer de maneira gradativa, mas é preciso que comecem a acontecer para evitar o colapso do crédito – ressalta. 

Membro da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e mediador do debate, Gustavo Junqueira explicou que as modificações no crédito também exigirão mudança de perfil do empresário rural.

- O produtor tem que ter segurança jurídica e fazer gestão de risco do seu negócio para que consiga diminuir o spread bancário – afirmou. 

- O crédito pode entrar em colapso e a gestão de risco também. Hoje o produtor está fazendo apenas gestão de custo e ele tem que entender que o seu negócio é um negócio de alto risco e o desafio é levá-lo a fazer a gestão de risco – afirmou Vitor Ozaki, diretor do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos da Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa).

Em relação ao crédito, ele defendeu um misto de instrumentos privados e públicos para financiar a agropecuária.

A Conferência da BM&F e Bovespa teve como objetivo de debater sobre gestão de risco e comercialização de commodities (agropecuárias, de energia, ambientais e de metais), incentivar a pesquisa na área de commodities no Brasil e promover a discussão sobre o mercado de derivativos na América Latina.

Fonte: Folhamax



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