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FRACA REAÇÃO

Depois de caírem entre 12 e 17 pontos na segunda-feira, as cotações da soja em Chicago tiveram fraca reação nesta terça (25), com altas entre 1 e 6 pontos. A correção de rumo após o tombo não elimina os riscos que assombram o setor.

O contrato para março — auge da colheita brasileira — fechou cotado em US$ 8,8 por bushel, frustrando expectativa dos produtores brasileiros de que, mesmo com produção crescente e demanda contida, o índice ficasse próximo de US$ 10/bu.

Com o dólar elevado a R$ 3,60 (com alta de 55% em um ano), os preços da soja no mercado brasileiro seguem estáveis. No Paraná, a saca de 60 quilos segue bem acima do valor pago aos produtores em agosto de 2014, numa diferença de R$ 56 para R$ 64 (15%), conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento.

Abismo

Os preços das commodities atingiram o menor nível no século 21, afetadas pela crise na China e pelos temores de que o maior importador do mundo passe por dificuldades financeiras e registre um crescimento econômico moderado. Segundo o Índice Bloomberg, que compila os preços de 22 matérias-primas, os valores estão no nível mais baixo desde agosto de 1999. O principal motivo é a queda na demanda chinesa que, por mais de uma década, garantiu a expansão dos preços.

De forma geral, o índice, que inclui de ovos a ouro, recuou 1,9% na segunda-feira (24) atingindo US$ 86,1 — o que ainda foi aprofundado com as declarações do governo iraniano de que voltaria ao mercado sem um acordo para limitar a produção de petróleo com a Arábia Saudita. A queda acumulada em 2015 é de 17%.

O sinal de alerta está aceso há meses no agronegócio. Na semana passada, a cotação do milho registrou apenas metade do valor que atingiu em 2012 na Bolsa de Chicago.

Renda em dólar

Nos Estados Unidos, a Universidade de Minnesota indicou que a renda dos fazendeiros passou de US$ 175 mil por ano em 2012 para US$ 55 mil em 2014.Os dados foram confirmados por levantamentos feitos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Para 2015, a projeção do Departamento de Agricultura é de que a renda média do fazendeiro americano seja a menor desde 2009, com uma queda de 32% e somando em todo o país cerca de US$ 74 bilhões.

Fonte: Gazeta do Povo



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