COLHEITA

FATURAMENTO DO AGRO

A renda da produção agrícola e pecuária de Mato Grosso do Sul deve encolher 2,07% neste ano frente a 2017, caindo de R$ 28,916 bilhões para R$ 28,317 bilhões, o que representa uma retração de R$ 599 milhões. A projeção é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base nos dados do Valor Bruto da Produção (VBP).

A principal contribuição para a queda vem do rendimento das lavouras, que deverão ter decréscimo de 3,33% em 2018, saindo de R$ 18,933 milhões para R$ 18,302 milhões. Embora a soja, que representa a maior renda dentre as culturas do Estado, apresente expansão (+0,85%) — de R$ 9,04 bilhões para R$ 9,12 bilhões —, para a cana de açúcar há uma expectativa de baixa no faturamento: de R$ 5,065 bilhões, em 2017, o rendimento deve cair para R$ 4,35 bilhões, neste ano, retração de 14,04%. Para o milho, a estimativa é de aumento na renda de 1,20%, passando de R$ 3,47 bilhões para R$ 3,51 bilhões.

No caso da produção pecuária sul-mato-grossense, o Mapa aponta perspectiva de 0,33% no aumento do faturamento (de R$ 9,98 bilhões para R$ 10,01 bilhões). Em relação à criação de bovinos no Estado, a renda deve sair de R$ 7,48 bilhões para R$ 7,62 bilhões (crescimento de 1,76%). Já para a criação de frangos, a expectativa é de queda de 3,29%, com faturamento de R$ 1,60 bilhão em 2018, diante de R$ 1,66 bilhão no ano passado. Para a produção de suínos, a estimativa é de R$ 591,08 milhões, montante 2,16% inferior ao de 2017 (R$ 604,166 milhões).

PAÍS

A primeira estimativa do valor bruto da produção agropecuária (VBP) para 2018 é de R$ 516,6 bilhões, abaixo 4,9% do valor de 2017 (R$ 543,3 bilhões). As lavouras apresentam redução real de 6,2% e a pecuária, de 2,3%, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques, parte dessa diferença entre as estimativas deve-se ao fato de o ano passado ter sido excepcional, tendo obtido o maior valor desde o início da série dessas informações. Nos levantamentos realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sempre foram destacadas na produção da safra anterior as condições climáticas muito favoráveis. Outro aspecto, é o fato do mês de janeiro ser ainda quase um início da safra do ano, portanto, com informações ainda incompletas.

Os produtos com melhor desempenho são algodão, com aumento real de 15% no valor, batata inglesa (11,1%), cacau (44,5%), café (5,8%), tomate ( 36,1%) e trigo (49%). Na pecuária, destaca-se carne bovina com desempenho positivo, depois de registrar durante o ano passado preços em baixa.
O grupo de produtos com redução do valor da produção inclui o amendoim (-7,1%), arroz (-16,4%), banana (-13,1%), cana-de-açúcar (-13,2%), feijão (-22,4%), laranja (-29,4), milho (-13%) e uva (-24,8%).

Entre esse grupo, cana, laranja e milho tiveram em 2017 resultados excepcionais, que não estão se repetindo. Como são produtos que têm participação expressiva no VBP, explica Gasques, a redução do valor afeta os resultados deste ano.

Na pecuária, os resultados de suínos, frango, leite e ovos também são inferiores aos de 2017. Para esses, os preços mais baixos no período têm contribuído para um VBP mais baixo.

Entre os diversos produtos analisados, soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e café respondem por 52% do VBP de 2018, devendo gerar R$ 267,7 bilhões.

FONTE: Correio do Estado e MAPA



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