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Entrevista: “O Paraná é um exemplo a ser seguido”

O Serviço
Florestal Brasileiro, que faz parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), está em processo de conclusão para uma análise dinamizada
do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Ainda sem data definida para começar a
operar, o sistema irá processar de forma mais rápidas as informações e, desta
forma, permitir a implantação definitiva do Código Florestal Brasileiro.

Dentro deste
processo, no dia 3 de outubro, uma reunião na sede do Sistema FAEP/SENAR-PR
reuniu técnicos da entidade, diretores do Serviço Florestal Brasileiro e
representantes das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente do Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Acre, Ceará e Amazonas para
repassar informações atualizadas sobre a análise dinamizada do CAR. A
programação inclui pontos como a construção do sistema até o momento,
cronograma de execução, panorama do desenvolvimento e homologação do sistema.

A proposta é
que a adesão para a implantação da análise dinamizada do CAR, rápida e com
insumos mais qualificados e seguros, seja uma opção de cada Estado. Ainda, os
produtores que estiverem aptos a entrarem no Programa de Regularização
Ambiental (PRA), receberão a orientação da Embrapa quanto a vegetação ou
plantio que poderão fazer para compensarem o seu passivo ambiental.

Na ocasião da
reunião na sede do Sistema FAEP/SENAR-PR, o diretor geral do Serviço Florestal
Brasileiro, Valdir Colatto, concedeu entrevista exclusiva ao Boletim
Informativo para pontuar, entre outras questões, o uso do modelo do Paraná como
referência para os demais Estados do país, principalmente por conciliar as
partes rural e ambiental.

BI: Como está o processo de implantação da
análise agilizada do CAR?

VC: Estamos
trabalhando junto aos Estados, para mostrar que caminho está sendo feito para o
estudo de implantação da plataforma de dinamização da análise do CAR, para
depois chegarmos ao PRA, e, consequentemente, a implantação definitiva da
implantação do Código Florestal Brasileiro. É uma discussão para que todos
possam chegar em um objetivo final que é a regularização das propriedades, para
termos harmonia entre meio ambiente e produção. Isso é muito importante.

Como reuniões como a que ocorreu no Sistema
FAEP/SENAR-PR são importantes no processo?

Já está
acontecendo e pretendemos, com reuniões, saber o que está sendo discutindo na
base para levar uma proposta que venha contemplar todos os Estados, levando em
conta as características de todas as regiões. É preciso cuidar disso para não
trazer dificuldades para os produtores rurais neste processo de dinamização do
CAR que estamos implantando em todo o Brasil.

O trabalho realizado no Paraná pode ajudar
neste processo?

O Paraná tem
muitos trabalhos feitos, que precisamos exportar para todo o Brasil. Vamos nos
espelhar nestes trabalhos, pois, uma das condições que vimos é a harmonização
entre agricultura e meio ambiente, serviço público, bancos, Ministério Público,
entre outras instituições envolvidas. O Paraná é um exemplo a ser seguido.

Como está o processo do CAR nos demais
Estados?

Alguns
Estados não estão tão avançados. Por isso, estamos recomentando que os outros
Estados conheçam o trabalho que está sendo feito no Paraná. Santa Catarina está
andando bem também. Com isso, nós poderemos ter um avanço rápido, principal nos
Estados do Nordeste e na Amazônia.

Quais os próximos passos no processo?

É preciso
discutir com todos os segmentos, os setores, os Estados, as Federações, as
cooperativas, e ver a realidade do Brasil. Inclusive, pedimos ao presidente do
Sistema FAEP/SENAR-PR para disponibilizar os técnicos da casa para ajudar no
processo, esclarecendo as experiências do Paraná que levaram aos avanços.
Assim, poderemos contemplar o meio ambiente, tendo o cuidado de não engessar,
burocratizar o sistema produtivo, nem tornar mais oneroso. As experiências do
Paraná precisam ser levadas para o Brasil.

Existe uma data para o lançamento da
análise dinamizada do CAR?

Antes de
lançar a público o CAR dinamizado, é preciso ter uma discussão com todo o país,
envolvendo técnicos das áreas ambiental e agrícola, para ter o trabalho
agilizado e avançar para conclusão do Código Florestal Brasileiro.

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Fonte: Sistema FAEP



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