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DIFERENÇA DE METODOLOGIA

Em levantamento divulgado nesta terça-feira (10), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, informou que a safra de grãos  do país, no período 2015/2106, está estimada entre 208,6 milhões e 212,9 milhões de toneladas, o que indica crescimento de até  2,1% (4.384 mil toneladas) em relação à safra 2014/15.

Em outro levantamento, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que, em uma primeira estimativa, a safra agrícola de 2016 deve ser 1,9% menor do que a produção deste ano.

De acordo com o IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para o próximo ano foi estimada em 206,5 milhões de toneladas, redução de 4,1 milhões de toneladas em relação à safra recorde de 2015, que deverá atingir 210,6 milhões de toneladas.

Os cálculos da Conab e do IBGE são feitos com base em metodologias diferentes. O IBGE trabalha com anos civis, enquanto a Conab pesquisa o ano-safra, que vai de abril a março do ano seguinte, no Centro-Sul. O IBGE também inclui, nos levantamentos, culturas que não integram as pesquisas da Conab.

De acordo com a Conab, a soja aumenta ainda mais sua participação nos números da safra, podendo chegar a 102,8 milhões de toneladas e acréscimo estimado entre 4,9 milhões a 6,6 milhões de toneladas em comparação com a safra anterior, quando produziu 96,2 milhões de toneladas.

Segundo a Conab, o milho primeira safra, cuja produção está estimada entre 26,5 milhões e 28,2 milhões de toneladas, registrou redução entre 11,8% e 6,4% em comparação à safra 2014/15, de 30,1 milhões de toneladas. O trigo também deve sofrer uma redução de 6,8% em comparação ao último levantamento, devendo chegar a 6,2 milhões de toneladas, 4,3% superior à da safra passada.

A área de plantio está estimada entre 57,9 milhões e 58,9 milhões de hectares, crescimento de até 1,6% em relação à safra 2014/15 que fechou em 58 milhões de hectares. Este aumento se deve à cultura da soja que apresenta um acréscimo entre 2,1% (671,3 mil ha) e 3,8% (1,22 milhão de ha). A área do milho primeira safra pode sofrer redução, podendo ficar entre 5,6 milhões e 5,8 milhões de hectares e redução de 9,3% a 4,8% frente à última safra.

Na avaliação dos técnicos do IBGE, a redução da safra do próximo ano pode ocorrer em razão das menores produções previstas para as regiões Norte (-11,5%), Sul (-1,2%) e Centro-Oeste (-4,5%).

Fonte: Agência Brasil



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