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Curso de Doma de Equídeos do SENAR-PR trabalha confiança em vez de violência

Diz o ditado
“doma teu cavalo com aveia, não com chicote”. O dito popular traz um
ensinamento simples, porém profundo. É muito mais eficaz adestrar um equino
conquistando sua confiança do que utilizando a violência. Essa percepção está
no centro do curso “Doma de Equídeos” do SENAR-PR, que ensina a produtores,
trabalhadores rurais e apaixonados por cavalos o adestramento destes animais.

Segundo o
instrutor do SENAR-PR Eder Ribeiro da Rosa, a técnica empregada nos cursos da
instituição é a “horsemanship” (na tradução literal do inglês seria algo como
“relacionamento homem-cavalo”). “Nessa técnica, o treinador precisa se colocar
no lugar do animal para conquistar a sua confiança. Na natureza, o ser humano é
um predador e o cavalo é a presa, portanto ele tem medo de nós. Conquistar a
sua confiança é o primeiro passo desse relacionamento”, explica.

Com 80 horas
de duração, o curso é dividido em 10 dias de atividades. “A ideia é cada um
levar um cavalo chucro [não domado ainda] e trabalhar com esse animal”, explica
o instrutor.

A primeira
semana de curso é voltada à doma em si, trabalhando a relação do equino com o
ser humano, encilhamento e monta. Na semana seguinte, as aulas trabalham a
parte de equitação, que trata de como montar corretamente o animal.

Rédeas

O SENAR-PR
também oferece o curso de “Rédeas”, um complemento ao de “Doma” (mas não um
pré-requisito). Com carga horária menor (40 horas), a capacitação aborda o
controle dos movimentos do cavalo (girar, recuar, etc.). Na sequência, o
trabalho é direcionado ao objetivo do cavaleiro, de acordo com a modalidade em
que ele deseja empregar o animal (provas de laço, provas de tambor, etc.).

Para o
ex-aluno do curso, Robinson Crozoé Serafini, de Palmas, Sul do Paraná, a doma
se tornou profissão. Após fazer o curso do SENAR-PR, em 2016, ele decidiu
apostar na criação de um centro de treinamento de equinos. “Comecei a notar que
existia um mercado para ser atendido. Hoje vivo do cavalo, com doma e
treinamento, e também faço artesanato em couro”, conta.

No seu empreendimento,
Serafini recebe animais para serem domados e também aluga baias. “Esse processo
de doma gira em torno de dois a três meses, depois, conforme a aceitação de
cada animal [uns são difíceis, brabos, outros são mais fáceis] vem o
treinamento de rédeas”, explica.

Para o criador, o SENAR-PR foi o divisor de águas na profissão que escolheu. “O curso dá muita base, qualquer pessoa que nunca lidou com cavalo sai com o cavalo domado”, pontua.

Leia mais notícias sobre o agronegócio no Boletim Informativo.

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Fonte: Sistema FAEP



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