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COMPRA DE COLHEITADEIRAS

Desde o início do ano, o Governo do Paraná patrocinou a compra coletiva de 15 colhedoras de grãos, que estão beneficiando cerca de 60 propriedades da agricultura familiar. A aquisição representa uma nova fase do programa Trator Solidário, que facilita a compra de veículos pelos produtores. Os preços são inferiores aos de mercado e financiados com o benefício da equivalência-produto, garantida pelo Tesouro do Estado com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico – (FDE), administrados pela Fomento Paraná S/A.

- Com a ampliação do leque de fornecedores e diferentes marcas, os agricultores familiares têm mais oportunidades de escolhas para aquisição do equipamentos- afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

As colhedoras são oferecidas por R$ 317 mil, de 15% a 18% abaixo do preço de mercado, diferencial que se reverte em economia para os produtores. A compra é rateada por três ou quatro agricultores familiares que gerenciam o bem em suas propriedades de forma coletiva.

Tecnologia no Campo

Ortigara ressalta que a meta da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é elevar ainda mais a capacidade de mecanização nas propriedades, com a oferta de máquinas e equipamentos modernos, que visam facilitar a condição de vida do agricultor familiar na atividade rural.

- Com isso, melhoram a capacidade de produção, a rentabilidade e a qualidade de vida no campo – observou Ortigara.

Com a compra de colhedoras de grãos pelo programa Trator Solidário, o Governo do Paraná proporciona a mecanização na propriedade da agricultura familiar em todo o ciclo produtivo, desde o trator para o plantio, o pulverizador – utilizado nos trabalhos de tratos culturais nas lavouras – até a colheita.

Além da expansão de fornecedores de equipamentos, o Governo do Paraná também está firmando mais parcerias com agentes financeiros para ampliar a oferta de linhas de crédito aos agricultores. Hoje estão credenciados pelo Comitê Gestor do Programa Trator Solidário para operarem com o programa o Banco do Brasil, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em parceria com a Sicredi e Cresol e a Credi Aliança.

Recentemente foi iniciado o processo de credenciamento do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil – (Sicoob) que também passará a realizar financiamentos para aquisição de tratores, pulverizadores e colhedoras.

Regras

Os agricultores familiares interessados em comprar colhedoras pelo programa Trator Solidário devem se dirigir a Emater de seus municípios, que faz a elaboração do projeto para a aquisição. A aquisição coletiva permite a viabilidade à aquisição, pois o valor da prestação é rateado, em média, entre três agricultores, com áreas médias de 20 a 30 hectares de grãos para cada produtor.

A compra coletiva permite que a área a ser colhida possa chegar a 100 hectares. Com isso, os produtores reduzem custos de aluguel de equipamentos e também os riscos decorrentes desse sistema, porque muitas vezes têm que esperar a vez para utilizar o equipamento na lavoura e podem ser surpreendidos por chuva ou estiagem excessiva, que prejudicam os trabalhos de colheita e, consequentemente, a produtividade e a rentabilidade.

Os produtores têm prazo de até dez anos para pagar a colhedora com carência de até dois anos e juros de 2% ao ano. Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Francisco Carlos Simioni, considerando o valor do bem, a prestação varia de R$ 32 mil a R$ 33 mil por ano, que normalmente é dividida em dez parcelas. Considerando mais uma vez que a compra seja feita por quatro produtores, cada um vai arcar com uma parcela de R$ 8 mil anuais, o que dá cerca de R$ 800 reais por mês, ou seja, aproximadamente 40 sacos de milho, produto utilizado para o cálculo da equivalência.

O valor total do financiamento segue a modalidade da equivalência-produto, dividindo-se o valor total do financiamento pelo valor do preço mínimo de garantia do milho na data da contratação. Assim, se o valor da parcela equivalente em sacas de milho ficar abaixo do preço médio do milho divulgado pelo Deral o produtor recebe um bônus/equivalência no valor da parcela, que é pago pelo Tesouro do Estado.

Esse sistema garante ao tomador do crédito adquirir tratores, colhedoras de grãos e pulverizadoras sem sobressaltos, pois no ato da contratação do financiamento fica sabendo o valor da prestação desde o início até o final.

De acordo com Simioni, o grande diferencial do programa é o cunho social, porque o Governo do Estado negocia todo ano com fabricantes e concessionárias de equipamentos e também com agentes financeiros para levar a melhor proposta ao agricultor familiar.

- Essa negociação reverte-se tanto na redução do preço do valor final do bem como na oferta da linha de crédito pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf, para o financiamento – destacou.

Simioni alerta os produtores que quiserem se beneficiar da atual taxa de juros de 2% ano na compra de colhedoras, que formalizem seus processos antes de 30 de junho de 2015, que marca o início do novo Plano Safra 2015/16, que tem perspectivas de uma atualização dos juros também aos agricultores familiares.

Fonte: Agência Estadual de Notícias- Paraná



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