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Com menos comercialização, lácteos recuam em outubro no Paraná

Puxado pela desvalorização dos
produtos com mais peso no mix combinada à redução da comercialização, o mercado
de lácteos do Paraná recuou na parcial de outubro – que leva em conta o período
até o último 20. O cenário foi apresentado em reunião do Conselho Paritário
Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), realizada nesta
terça-feira (26), de forma remota. Com base nos dados de mercado, o colegiado
aprovou o valor de referência projeto de R$ 1,8656 para o litro de leite padrão
entregue em outubro a ser pago em novembro: queda de 2,66% ao projetado em
setembro.

Responsável por quase a metade do mix
de comercialização, os preços do muçarela caíram 4,43% de setembro para
outubro. O UHT – que responde por 23% das vendas dos lácteos –, também sofreu
desvalorização de 2,05%. Já o leite spot – que corresponde a 5,5% do mix – teve
perdas mais significativas, com queda de 11,52%. “Tivemos recuo de preços de
produtos importantes, com peso na formação de preço”, resumiu a professora
Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e uma das responsáveis
pelo levantamento.

Essa dinâmica também se observou em
outros derivados lácteos. Entre os queijos, houve quedas, mas de forma mais
suave: de 0,36% no prato e de 0,58% no provolone. O preço médio da manteiga,
por sua vez, recuou 3,32%. Já no caso do leite spot, a desvalorização foi
acentuada, chegando a 11,52%. Outros produtos ficaram praticamente em
estabilidade, como o leite pasteurizado, bebida láctea, doce de leite e
iogurte.

O cenário, no entanto, também trouxe
exceções. O principal exemplo é o leite em pó, que teve valorização de 6,53% –
oscilação provocada pelo aumento das vendas da variedade integral. O creme de
leite também veio em alta considerável, de 3,77%. Tanto no caso dos derivados
cujos preços aumentaram, quanto dos produtos que tiveram em queda, há um ponto
em comum: os preços continuam em patamares nominais elevados em relação a anos
anteriores. O ponto de tensão do setor, no entanto, continua sendo os elevados
custos de produção.

“Estamos em uma situação paradoxal. Os
preços estão altos para o consumidor, mas baixos para o produtor, justamente
por causa dos custos de produção”, observou o professor José Roberto Canziani,
da UFPR.

Na avaliação do presidente do
Conseleite-PR, Ronei Volpi – que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no
colegiado –, a grande chave do setor para os próximos meses será a capacidade
de reação da economia e do mercado consumidor. “Estamos no olho do furação, não
só o leite, mas a economia brasileira e mundial. O consumidor está sentindo o
peso da inflação, principalmente com combustíveis, energia elétrica e
alimentação. O grande ‘chefão’ neste momento se chama mercado consumidor. Como
produtores e indústria, nos cabe caminharmos juntos”, disse.

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Fonte: Sistema FAEP



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