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Capacitação constante: aos 77 anos, produtor conclui curso do SENAR-PR

Aos 77 anos, Carlos Carvalho da Silva tem uma longa história de dedicação
ao meio ambiente e à agroecologia. Estudou gestão e educação ambiental e fez
vários cursos relacionados ao tema, dentro e fora do Brasil. Morou na Europa
por mais de nove anos, entre cidades da Itália, França, Alemanha e Suíça, onde,
na maior parte do tempo, trabalhou no setor de administração de bolsas de
estudo na Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.

Ao retornar ao Brasil, não parou. O paranaense passou a dedicar seus dias
à produção rural em uma chácara de sistema agroflorestal – implantado por ele
mesmo – no município de Antonina, região litorânea do Paraná. Além disso, foi
presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), em que
promovia cursos do SENAR-PR por meio da então Emater (atual IDR-Paraná), com o
objetivo de fomentar o desenvolvimento da agricultura da região e incentivar a
profissionalização dos produtores.

Neste período, participou de cursos nas mais diversas áreas: alimentos,
artesanato, agricultura orgânica, apicultura, entre outros. “Como presidente do
CMDR, além de incentivar os cursos, eu participava, dava apoio e acompanhava
todo o aprendizado”, conta Silva.

Após a aposentadoria, Silva passou a dedicar mais tempo à educação. Ele
participa dos cursos disponibilizados no Centro Paranaense de Referência em
Agroecologia (CPRA), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e
atua como voluntário em uma comunidade, nas áreas de gestão ambiental e
implantação de sistema agroflorestal. Além de continuar aprendendo, passou a
utilizar o espaço de sua propriedade em Antonina para a oferta de capacitações
e, sempre que possível, para transmitir o conhecimento que adquiriu ao longo
dos anos.

“A gente não para de aprender. Então, qualquer curso que a gente faça, é
sempre um enriquecimento. E em especial nessa questão relacionada ao meio
ambiente e agricultura. Uma agricultura sustentável, sobretudo, uma agricultura
que regenera o solo e que tem diversidade. Tudo aquilo que é propício à natureza,
dá um bom retorno, sem dúvida”, destaca.

Um dos últimos cursos realizados por Silva foi o de motosserra, do
SENAR-PR, para contribuir com as atividades realizadas na chácara. “Eu ainda
não havia feito curso nessa área. Tudo que sabia aprendi com vizinhos e
colegas. Mas sei como é muito importante ter uma formação mais completa,
principalmente com a questão de uso dos EPIs [Equipamento de Proteção
Individual]. A segurança é fundamental na operação dos equipamentos”, avalia.

Em relação à chácara, era um sonho de longa data de Silva, mas que não
conseguiria realizar morando na Europa, pois o preço da terra é muito alto. De
volta ao Brasil, não teve dúvidas. “Meu pai plantava café, depois passou a ser
pecuarista. Então, está nas veias essa vontade de trabalhar com a terra. A
gente aprende muito com as plantas. Acho que isso é o que me motiva”, reflete o
produtor.

Atualmente, Silva está em processo de transição com a propriedade –
vendeu a chácara em Antonina, comprou um lote em Campina Grande do Sul (RMC), e
vai dar início às atividades produtivas na região. A escolha foi para ficar
mais perto da família e dos recursos da cidade. Além de se dedicar às
atividades na chácara, Silva quer aproveitar o tempo livre para explorar outras
áreas.

“Eu vou abrir espaço para outras atividades e quero ter um tempo para
escrever”, compartilha. “Hoje, com 77 anos, ainda tenho bastante energia para
dar continuidade ao que eu faço. Acho que isso deve ser um incentivo para
outras pessoas que são aposentadas e que ainda têm disposição para fazer alguma
coisa, porque a gente não pode parar”, conclui.

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Fonte: Sistema FAEP



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