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CAI PREÇO DA CARNE

Os preços de todos os cortes de carne bovina sofreram queda nesta semana em Cuiabá. O preço médio da carne até a terceira semana de novembro caiu 9,94% com relação ao mês de outubro na capital. O dado foi divulgado no boletim de bovinocultura de corte do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A queda no preço ficou acima de 10% para cortes dianteiros, mais comuns na escolha do consumidor para as refeições do dia a dia, como acém (-17,69%), músculo (-17,15%), patinho (-14,40%), paleta (-12,68%) e costela (-10,49%).

Para citar alguns casos, a média de preço do quilo do músculo passou de R$ 14,37 em outubro para R$ 11,91 em novembro e a costela passou de R$ 11,04 para R$ 9,88 no mesmo período.

De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), um dos motivos que levaram a essa queda no preço dos cortes bovinos é sazonal: na terceira semana do mês a venda de carne já é tradicionalmente menor.

Outro motivo é o desaquecimento da economia brasileira neste ano.

- Isso impacta também no comportamento do consumidor. Se ele chega ao mercado e os preços estão altos, ele reduz o consumo, o que gera uma queda na demanda e uma queda de preços – afirma Fábio da Silva, gerente de projetos da Acrimat.

Segundo ele, de maio até outubro, o preço médio das carnes – inclusive dos cortes mais nobres – vinha subindo no varejo. Diante disso, o consumidor começou a comprar carnes dos cortes mais baratos, como os dianteiros. Esses cortes, então, tiveram um aumento de preços ainda maior, já que a demanda dos consumidores estava aquecida.

Por sua vez, cortes nobres – como filé mignon e picanha – tiveram uma queda menor que 10% nos preços em novembro com relação a outubro. O filé caiu 6,11% e a picanha, apenas 1,62%.

Silva explica que o motivo para o preço dos cortes dianteiros cair mais que das carnes nobres é devido à menor procura pelo consumidor.

- Os cortes nobres estão em um preço normal praticado pelo mercado. Mas pode ter acontecido que esses cortes dianteiros também tenham ficado caros para o orçamento do consumidor e ele tenha reduzido as compras desse tipo de carne, migrando para outras fontes de proteína – explica.

Fonte: G1



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