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CAFÉ: COTAÇÕES DO ARÁBICA ESTENDEM OS GANHOS DAS ÚLTIMAS SEIS SESSÕES NESTA MANHÃ DE 6ª FEIRA

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de sexta-feira (29), e estendem os ganhos das últimas seis sessões. O mercado tem se baseado mais em aspectos técnicos, mas também já começa a repercutir o desequilíbrio entre oferta e demanda global. Os estoques de café do Brasil devem chegar a março com o menor volume da história.
Por volta das 09h19, o vencimento março/16 tinha 119,25 cents/lb e o maio/16 registrava 121,40 cents/lb, ambos com alta de 10 pontos. Já o contrato julho/16 tinha 123,00 cents/lb – estável, e o setembro/16 operava com 124,80 cents/lb com valorização de 20 pontos.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Bolsa de Nova York fecha em alta pela sexta sessão consecutiva e perspectivas são otimistas
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela sexta sessão consecutiva nesta sexta-feira (28). Os principais vencimentos exibiram ganhos próximos de 100 pontos, o contrato março/16, inclusive, chegou a operar durante o dia acima de 1,20 por libra-peso – importante patamar, segundo analistas –. O mercado tem se baseado nos últimos dias mais em aspectos técnicos e recompras de fundos são registradas. O dólar em queda ante o real também acaba dando suporte às cotações. No entanto, questões fundamentais também começam a repercutir entre os operadores, dentre elas a queda dos estoques brasileiros.
Os lotes com vencimento para março/16 encerraram o pregão cotados a 119,15 cents/lb, o maio/16 registrou 121,30 cents/lb e o julho/16 anotou 123,00 cents/lb, ambos com valorização de 95 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 124,60 cents/lb com 85 pontos de avanço.
"O mercado tem registrado grande posição de vendidos nos últimos dias, porém, baseando-se apenas nas questões fundamentais, acredito que o cenário é de alta para os preços na Bolsa", afirma o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. Os estoques do Brasil estão baixos e a demanda por café continua subindo. O banco ABN Amro, por exemplo, estima que ela possa exceder a oferta em mais de 4% neste ano.
Além das recompras de fundos registradas no mercado, as cotações também acabaram ganhando suporte com a queda do dólar ante o real – o que acaba desencorajando as exportações –. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,0800 na venda com baixa de 0,14%. Os investidores repercutiram a nova alta nos preços do petróleo e as expectativas de que o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, demore a elevar os juros do país.
Informações de agências internacionais confirmam que os dados de queda nos estoques brasileiros começam a repercutir no mercado. Em meio a três safras consecutivas de queda, o volume armazenado pelo Brasil conseguiu suprir os volumes recordes de exportação em 2014 e 2015. Em entrevista exclusiva ao Notícias Agrícolas na sexta-feira passada, o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Silas Brasileiro informou que estoques de passagem do País devem chegar em março deste ano com o menor volume da história, entre 4 e 5 milhões de sacas de 60 kg.
Mercado interno
Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), os negócios com café no mercado físico brasileiro ganharam ritmo nos últimos dias com os produtores mais ativos por conta dos preços firmes. Após duas safras de produção em baixa e de exportações em alta, os estoques brasileiros estão apertados. De acordo com Anilton Machado, a maior procura nas praças de comercialização é pelos melhores tipos.
O cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Varginha (MG) com saca cotada a R$ 550,00 e queda de 3,51%. Foi a maior no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 563,00 a saca e queda de 0,53%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 0,97% e R$ 510,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Patrocínio (MG) com recuo de 2,00% e saca cotada a R$ 490,00.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 498,26 com alta de 0,19%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta quinta-feira, após serem puxadas na sessão anterior pela desaceleração das vendas vietnamitas. O contrato março/16 registrou US$ 1404,00 por tonelada com queda de US$ 12, o maio/16 teve US$ 1430,00 por tonelada com recuo de US$ 11. O vencimento julho/16 anotou US$ 1460,00 por tonelada com desvalorização de US$ 10.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 398,20 com avanço de 0,47%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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