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BUNGE INVESTE EM NÚCLEO DE MUDAS DE CANA PARA ELEVAR A PRODUTIVIDADE

A Bunge Açúcar & Bioenergia, uma das maiores empresas do setor sucroenergético do Brasil, com oito usinas no país, está investindo em produção própria de mudas de cana, com o objetivo de ampliar a produtividade de seu canavial, informou a empresa.

A divisão de açúcar e bioenergia da Bunge, cuja processo de oferta de ações no Brasil está em suspenso, aguardando melhora das condições do mercado, informou que investiu mais de 2 milhões de reais na criação de um Núcleo de Produção de Mudas Pré-Brotadas (MPB), inaugurado este mês na Usina Moema, em Orindiúva (SP).

A unidade da Bunge disse que, desde 2013, mantém anualmente investimentos relevantes nos canaviais, destinados ao aumento da fertirrigação, controle de pragas, introdução de novas variedades, adubação complementar e redução de pisoteio nas atividades mecanizadas.

“Com esses investimentos, a produtividade dos canaviais plantados após o ano de 2013 apresenta aumento superior a 25 por cento em relação ao período que antecede essas novas práticas agronômicas”, completou a empresa em nota.

Com tais investimentos, a companhia, com capacidade de moagem de 22 milhões de toneladas por ano, busca se diferenciar de um setor que vem enfrentando fracas produtividades agrícolas, em meio a problemas climáticos e baixos investimentos nos canaviais, especialmente por parte das empresas mais endividadas.

De acordo com a Bunge, o primeiro viveiro com a nova tecnologia possui capacidade inicial de 3,5 milhões de mudas e atenderá as oito usinas da companhia no país. A empresa destacou ainda que, até 2020, a estimativa é de que a capacidade de produção seja duplicada.

A companhia explicou que o núcleo permitirá maior adoção do plantio via meiosi, que pode chegar a até 45 por cento do total em 2019. Esse processo é mais produtivo e beneficia tanto a operação quanto o cultivo.

“Atualmente, 15 por cento do nosso plantio é feito via meiosi… reduzindo o custo da formação do canavial, em razão da eliminação da necessidade de transporte da muda. Com o viveiro, vamos intensificar esse procedimento que passará a ser aplicado em até 45 por cento da plantação no próximo ano”, disse Geovane Consul, VP da Bunge Açúcar & Bioenergia, em nota.

O período de produção das mudas é de cerca de 60 dias, e a empresa disse que prevê plantar uma área anual de 350 hectares de novas plantas.

Com a implantação do sistema e a ampliação de plantio via meiosi, a companhia prevê também redução de até 80 por cento nos custos com logística de muda, com formação de lavoura pelo melhor planejamento de viveiros.

As oito usinas da Bunge estão localizadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do país. Cinco unidades formam um cluster, gerando economias de escala e sinergias para o negócio.

Fonte: Reuters



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