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VACINAÇÃO DO REBANHO

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), deverá anunciar na reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) 2017, o cronograma da mudança da vacina contra a febre aftosa e maiores detalhes da retirada gradual da vacinação no país, com a apresentação das ações que serão adotadas para isto. A reunião da Cosalfa será realizada entre 3 e 7 de abril, em Pirenópolis (GO).

O diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Guilherme Marques, destaca que

- A reunião será um divisor de águas pela sinalização que o Brasil vai dar de que é possível a retirada da vacinação e  que outros países utilizem a estratégia, desde que tenham condição sanitária para tanto – Além do Brasil, são integrantes da Comissão Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai.

Na terça-feira, Guilherme Marques reuniu-se com representantes dos fabricantes de vacinas e com integrantes das áreas do ministério ligadas à questão, a de insumos pecuários (Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários, DFIP) e de laboratórios (Coordenação Geral de Laboratórios Agropecuários, Cegal), para receber sugestões de como fazer a mudança do tipo da vacina e de prazos compatíveis para retirada gradual da vacinação. O Mapa trabalha com a possibilidade de retirar a vacinação de 80 milhões de cabeças a partir de novembro de 2018.

Segundo o diretor Guilherme Marques:

- A retirada da vacinação está decidida, o que é preciso agora é definir como e quando será realizada. E, para isso, serão promovidas reuniões no país com todos os integrantes da cadeia produtiva.- Não haverá surpresas, tudo será feito de maneira organizada e tecnicamente defensável, respeitando também a situação sanitária dos estados – garantiu.

Marques explicou que, primeiro a vacina será modificada, pois será retirado o vírus “C” (inativado) da composição do produto, que foi erradicado há mais de 13 anos na região, não sendo mais necessária imunização. A retirada do vírus C é possível e viável na avaliação do diretor do departamento. Atualmente o produto é trivalente e protege o rebanho dos vírus A, C e O. Em 2018, o produto será bivalente contendo apenas as cepas A e O. Com isso, a dose do produto também deverá diminuir de 5 ml para 2 ml, sem perder qualidade e com os antígenos (substância que provoca a produção de anticorpos, ativando o sistema de defesa do organismo) necessários à manutenção da erradicação da doença. Ele nfatiza que todo estoque da trivalente poderá ser totalmente utilizado.

- Estamos em uma posição muito confortável, tanto pela inexistência de circulação de vírus da aftosa, no país e na região (países que integram a Comissão), quanto à resposta imunológica alta dos nossos rebanhos, o que viabiliza mudanças na vacina, além da retirada gradativa do produto – completou o diretor.

Com a nova vacina, Marques prevê redução no custo do transporte, no armazenamento e na conservação das doses, tanto no processo de fabricação e distribuição, quanto na comercialização. Também haverá menor gasto com o manejo nas propriedades e menos reações nos animais, como os eventuais caroços no couro, que podem provocar perda de até 2 Kg na toalete (preparação dos cortes).

Fonte: Mapa



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