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SOJA: MERCADO INICIA SEMANA COM NOVAS ALTAS E POSIÇÕES ALCANÇAM, NESTA 2ª, PATAMAR DOS US$ 9,70

Ainda com o fôlego das boas notícias da última semana, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltam a subir nesta segunda-feira (18) no mercado internacional. As posições mais negociadas, por volta das 7h15 (horário de Brasília), subiam entre 4,50 e 5,50 pontos, levando os contratos julho e agosto/16 a chegarem aos US$ 9,70 por bushel. Para alguns analistas, os preços nos próximos dias poderiam alcançar os US$ 10,00 e trabalhar para consolidar-se nesse patamar. 
As informações vindas da frente da demanda são fortes e volta ao foco a conclusão da safra da Argentina aos negócios na CBOT e, paralelamente, as cotações também voltam-se ao andamento do mercado financeiro e das demais commodities que, nesta segunda-feira, acompanham a soja e também atuam em campo positivo. 
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Soja em Chicago fecha acima de US$ 9,50 e tem força para subir mais na semana que vem
As cotações da soja em Chicago encerraram a sexta-feira (15) registrando mais um movimento de alta. O primeiro vencimento Maio/2016 fechou com 6 pontos de alta a US$ 9,54/bushel, Julho/2016 subiu 6,75 pontos cotado a US$ 9,63/bushel e o Setembro/2016 fechou com ganhos de 5,75 pontos  e negócios a US$ 9,63/bushel.
A alta foi motivada por uma série de notícias positivas para os preços, tanto do lado da oferta quanto da demanda.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 132 mil toneladas de soja para a China. Mas as compras chinesas foram muito além disso. Segundo Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting de Curitiba-PR,  "a China foi responsável por um volume de negócios em torno de 500 mil toneladas só nesta sexta-feira (15), resultado de compras que ocorreram nos EUA, Brasil e Argentina, simultaneamente".
Nessa semana, dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega daquele país já mostravam uma robusta demanda chinesa nesses primeiros meses de 2016 . Segundo o órgão, em março a China comprou 6,1 milhões de toneladas, 36% a mais do que em março de 2015 e nos três primeiros meses do ano,  16,26 milhões de toneladas , alta de 4% sobre o primeiro trimestre do ano passado.
Ainda do lado da demanda, a notícia de que os processadores de soja norte-americanos aumentaram o ritmo de esmagamento em março, marcando o segundo mês de março mais movimentado já registrado, foi também uma boa indicação. A informação foi repassada pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos (Nopa, na sigla em inglês) .
A Nopa disse que seus membros processaram 4,26 milhões de toneladas (156,69  milhões de bushels), ante 3,98 milhões de toneladas (146,18 milhões de bushels) durante fevereiro.
Do lado da oferta, o risco de perdas na safra Argentina também pesou. A produção de soja naquele país poderá recuar até 3 milhões de toneladas caso as chuvas continuem, estimou o Serviço de Previsão Independente para Oleaginosas, Óleos e Alimentos, Oil World. A Bolsa de Comércio de Rosário também já projeta uma redução na produção da cultura nesta safra.
De acordo com o relatório do Serviço de Previsões "aproximadamente 2 a 3 milhões de toneladas de soja argentina estão em risco de se perder com inundações", disse Oil em seu relatório divulgado pelo site internacional Agrimoney.
Do lado financeiro , a perspectiva de que os juros nos EUA não terão novos ajustes , faz a moeda americana ter pouco fôlego em relação às demais moedas que compõem o índice dólar e isso acaba estimulando os investidores a participarem mais do mercado de commodities, em especial, as agrícolas. 
Com todo esse cenário favorável, Brandalizze acredita que ainda na próxima semana, poderemos ver os vencimento mais longos em Chicago , atingindo os US$ 10,00/bushel. "Uma oportunidade para aqueles que ainda precisam fazer as trocas de insumos para a próxima safra". Para aqueles produtore que ainda têm soja na mão e não precisam fazer caixa para os próximos dias, a dica é aguardar um pouco mais, pois "o mercado ainda tem toda a safra dos EUA sob influência de um clima pautado pelo La Niña". 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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