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SOJA INICIA 6ª FEIRA EM CAMPO NEGATIVO NA CBOT, MAS MAIO/16 MANTÉM PATAMAR DOS US$ 9/BUSHEL

Na sessão desta sexta-feira (4), os principais vencimentos da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a recuar. O mercado fechou em campo positivo na sessão anterior – pelo quarto pregão consecutivo- porém, o movimento técnico de compra e venda de posições continua a trazer volatilidade às cotações. 
Assim, por volta das 7h30 (horário de Brasília), perdiam entre 2,75 e 3,50 pontos, levando o maio/16 a US$ 9,03 por bushel, enquanto o julho/16 vinha sendo negociado a US$ 9,09, depois de terminar o dia de ontem com US$ 9,12. 
Entre os fundamentos com mais peso no mercado nesse momento estão o clima irregular no Brasil, a demanda – que trouxe boas notícias nesta quinta-feira – além do comportamento do dólar. Ainda ontem, o dólar index recuou de foram significativa frente à outras divisas e deu fôlego às commodities agrícolas de uma forma geral, que hoje passam por essa leve correção. 
Enquanto isso, no Brasil, os negócios evoluem em um ritmo menos acelerado. Além da maior atenção dispensada ao desenvolvimento das lavouras, os produtores observam o impacto do recuo do dólar – que superou os 2% no fechamento de ontem, depois do acolhimento do pedido de impeachment de Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. 
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja se recupera e fecha o dia em alta na CBOT com demanda e clima no Brasil nesta 5ª feira
O mercado internacional da soja reverteu o movimento negativo de quase toda a sessão desta quinta-feira (3) e fechou em alta na Bolsa de Chicago, trazendo uma quarta sessão positiva para as cotações da oleaginosa. Os principais contratos terminaram o dia subindo entre 4 e 4,75 pontos, com o maio/16 cotado a US$ 9,05 por bushel, e o julho/16 a US$ 9,12. 
O estímulo para as cotações neste pregão, segundo explicou o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, Camilo Motter, explicou que foi justificado por uma junção de fatores, entre eles a demanda dentro das expectativas pela soja norte-americana. 
Na semana que terminou em 26 de novembro, as vendas norte-americanas da oleaginosa somaram 873,8 mil toneladas, 25% a mais do que o registrado na semana anterior, e dentro das expectativas do mercado, as quais variavam de 800 mil a 1,2 milhão de toneladas. O volume desta semana foi todo da safra 2015/16 e o principal destino foi a China, adquirindo 521,5 mil tonelada. 
Assim, o total já vendido da atual temporada subiu para 33.475,1 milhões de toneladas. Os números foram reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no boletim semanal de vendas para exportação. 
Paralelamente, houve ainda a desvalorização do dólar index em relação à algumas outras moedas, o que acaba aumentando a competitividade dos produtos negociados nas bolsas norte-americanas, e o comportamento técnico do mercado que segue e se reflete no movimento dos fundos saindo de suas posições vendidas. 
Ao mesmo tempo, há ainda a preocupação com o clima no Brasil ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional. Enquanto chove demais na região Sul do país, as lavouras do Centro-Oeste brasileiro sofrem com a irregularidade das precipitações em uma fase importante de seu desenvolvimento. No Nordeste, altas temperaturas e quase nenhuma chuva também preocupam. 
Mercado Interno
No mercado interno, poucas alterações entre os preços, os quais, inclusive, não apresentaram indicativos de negociação nos portos de Paranaguá e Rio Grande para a soja disponível nesta quinta-feira. As vendas no Brasil estão bastante lentas, também para o produto da safra nova – que fechou com R$ 75,00 no terminal paranaense, caindo 4,46%, e com R$ 79,00 no gaúcho, exibindo uma baixa de 3,07% – com os sojicultores focados na conclusão do plantio e no desenvolvimento das plantas. 
A queda das cotações internamente veio acompanhada de uma expressiva baixa do dólar frente ao real nesta quinta-feira, parte de uma reação positiva do mercado financeiro ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A moeda norte-americana perdeu mais de 2% e fechou com R$ 3,7488, com a maior baixa diária desde 3 de novembro, segundo informou a Reuters. 
"A (eventual) saída de Dilma é vista como positiva e representa mudanças. Entretanto, temos que lembrar que o processo é longo e incerto, fragiliza ainda mais o já combalido governo do PT e coloca o país mais perto de perder o seu segundo grau de investimento", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias.
Apesar disso, em algumas praças do interior do país os preços da soja disponível conseguiu registrar certa valorização, como o caso de Não-Me-Toque/RS, onde houve alta de 0,69% para R$ 72,50 por saca, ou Campo Novo do Parecis/MT, com ganho de 1,47% para R$ 69,00. 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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