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SISTEMA FAMATO RECEBE GRUPOS DE PRODUTORES DE PAÍSES EUROPEUS

Cuiabá / Mato Grosso (16 de fevereiro de 2016) - O agronegócio é responsável por 50,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e pelo considerável crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos últimos 20 anos. No ranking brasileiro, Mato Grosso lidera com índices significativos de participação na produção como, por exemplo, 16% na pecuária de corte, 30% na soja e 24% no milho e ainda tem uma área de 41% preservada pelos próprios produtores. Os números chamam a atenção de produtores rurais e investidores de diversos países europeus.

Na segunda-feira (15/02), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso – FAMATO, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT) e a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) receberam a visita de dois grupos, sendo um da Suíça e outro da Nuffield Internacional – rede global de agricultores, empresários e profissionais da área rural que buscam promover estudos e conhecimentos em todos aspectos de gestão, produção, distribuição e mercado no setor agrícola. O encontro aconteceu em Cuiabá.

A Nuffield reúne bolsistas de vários países e estavam presentes na ocasião produtores da Austrália, Inglaterra, Holanda, Nova Zelândia e País de Gales, todos do ramo agropecuário, interessados em conhecer as riquezas de Mato Grosso. No grupo havia produtores de gado de corte e de leite, cereais, algodão, produção de embutidos como linguiça, salame e etc., feijão, cevada, grão de bico, canola e outros.

Os grupos tiveram a oportunidade de assistir vídeos e apresentações sobre o agronegócio brasileiro e, especificamente, mato-grossense.

O gestor do Núcleo Técnico da FAMATO Guto Zanata fez uma explanação sobre as potencialidades de Mato Grosso. "Nosso território tem mais de 90 milhões de hectares e mais de 3,2 milhões habitantes, que dá uma densidade de 3.36 por km²".

O que chamou a atenção dos presentes foi a extensão territorial de Mato Grosso já que a maioria deles mora em países com extensão territorial bem menor, como é o caso da Suíça que tem aproximadamente 4,1 milhões de hectares.

De acordo com Zanata, a ocupação de Mato Grosso representa 9% da agricultura; 27% de pastagem com pecuária; 2% de ocupação de cidades, estradas etc.; 15% de terras indígenas; 6% de preservação e conservação ambiental, 41% de áreas preservadas pelos produtores.

Questionado quanto ao aumento de áreas para produção, o gestor explicou que é possível realizar a integração da agricultura com a pecuária. "Essa é hoje a nossa situação, temos 9,5 milhões de hectares de agricultura, 25 milhões de hectares de pastagem e 56 milhões de áreas preservadas. A nossa expectativa é que a agricultura cresça em cima do que hoje é pastagem de baixa produtividade", explicou.

Nesse mesmo espaço de pastagem, a ideia é manter a mesma quantidade de animais que existe hoje. "Não queremos a redução da pecuária e sim intensificar essa produção, com mais animais na mesma área", apontou Zanata.

O gestor técnico do Imea Ângelo Ozelame falou das dificuldades de logística, no caso da agricultura, estrutura necessária para fazer chegar à fazenda o combustível, as máquinas, as sementes, os fertilizantes e os insumos necessários para a produção. E depois para tirar os grãos do campo e levar até os armazéns e compradores de dentro e fora do país.

De acordo com Ozelame, Mato Grosso é o estado brasileiro com maior custo de frete, o que encarece a produção e faz com que o produtor tenha gastos extras para fazer chegar aos portos de exportação. "De Mato Grosso ao Porto de Santos são mais de dois mil quilômetros", exemplificou.

Para o produtor rural da Suíça Michel Lugeon conhecer o padrão agropecuário de Mato Grosso abre caminhos visionários que serão de grande importância para os produtores e empresários rurais do seu país.

Conforme Lugeon, as principais culturas produzidas na Suíça são milho, soja, beterraba, batata e girassol. "Os produtores dessas culturas recebem apoio do governo suíço através de subsídios para viabilizar a produção, bem diferente do que acontece aqui no Brasil", esclareceu.

Assim como no Brasil, que possui 2.300 Sindicatos Rurais, na Suíça os produtores são representados por associações e sindicatos.

Entre as principais dificuldades enfrentadas na produção suíça está a desvalorização. "Pagam-se mais pela preservação da natureza do que pela produção. O custo de produção é muito alto e produzimos pouco", disse Lugeon.

O australiano Michael Mckellar disse que a visita à Mato Grosso proporciona ao grupo o desenvolvimento das pessoas. "Essa visita nos proporcionou êxito pessoal e ainda contribuiu para o desenvolvimento de nossas habilidades", declarou Mckellar.

A Aprosoja foi representada pelo vice-presidente Elso Vicente Pozzobon e o SENAR-MT pelo assessor de Relações Institucionais Walter Valverde.
 

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso – FAMATO
http://sistemafamato.org.br/

Fonte: Canal do Produtor



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