00soja_colheita05

RITMO DESACELERADO

O ritmo de comercialização da soja brasileira em julho não foi tão forte quanto o de junho. Mesmo assim, as vendas avançaram bem, especialmente na primeira quinzena, com a forte alta na Bolsa de Chicago. Na segunda quinzena, os negócios perderam parte do fôlego, mas a disparada do dólar manteve o mercado ativo. Com avanço mensal de oito pontos percentuais – abaixo dos 11 pontos de junho –, a comercialização antecipada da safra 2015/16 chegou a 25%, contra 7% um ano atrás. As vendas da safra 2014/15, por sua vez, chegaram a 82%, ante 77% há um mês e 86% há um ano. Os dados atualizados são da AgRural.

No Centro-Oeste, 29% da safra 2015/16 está vendida, enquanto a comercialização 2014/15 chegou a 89%. Com a logística apertada por causa da colheita da safrinha recorde de milho, os compradores oferecem prazos maiores de entrega, e produtores que precisam de espaço nos armazéns encontraram dificuldade para negociar a oleaginosa. Em Mato Grosso, a maioria das vendas antecipadas foi realizada em reais, já que os preços em dólar não agradam os produtores. Na região de Rondonópolis, houve reporte de negócios para fev/16 a R$ 64. Em Sorriso, a mercadoria spot com entrega em nov/15 chegou a sair por R$ 61,50. Em Rio Verde (GO), volumes saíram por R$ 66 para fev/16 e pagamento em mar/16, R$ 5,50 acima da média de junho. Em São Gabriel do Oeste (MS), lotes rodaram no spot e para fev/16 por R$ 63 e R$ 62, respectivamente.

No Sul e Sudeste, 21% da próxima safra está negociada, enquanto as vendas da safra 2014/15 somam 70% e 91%, nessa ordem. No oeste do Paraná, a saca disponível com destino ao porto de Rio Grande (RS) saiu por R$ 70 FOB. No porto gaúcho, volumes rodaram por R$ 78 CIF. No interior do Rio Grande do Sul, a soja para abr/16 saiu por R$ 72. Em Unaí (MG), a mercadoria para mar/16 com pagamento no final de abr/16 rodou por R$ 66.

No Norte/Nordeste, 22% da safra nova está comprometida. Em Uruçuí (PI), a saca para mai/16 e pagamento em jun/16 foi vendida por R$ 64,50. No spot, as vendas da região chegaram a 88%. No oeste baiano, o preço médio disponível em julho ficou em R$ 64,30, alta de 7% em relação à média de junho.

Fonte:  Diário de Cuiabá



avatar

Envie suas sugestões de reportagens, fotos e vídeos de sua região. Aqui o produtor faz parte da notícia e sua experiência prática é compartilhada.


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.