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RECRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou nesta quinta-feira (11/8), após participar de Audiência Pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária no Senado, que o presidente em exercício, Michel Temer, já definiu que em setembro – após a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff – vai recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Na reforma ministerial de Temer, que prometeu cortar pastas, o MDA passou a ser a Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário e ficou subordinada à Casa Civil. Segundo Padilha, ao tomar ciência das pendências e do tamanho das questões que a pasta possui, o presidente Temer decidiu voltar à ideia de ter alguém que vai pensar 24 horas nos temas e “no patamar de ministro”.

- Eu tenho tantas ocupações que o tempo para cuidar da Secretaria de Desenvolvimento Agrário não é o que seria indispensável – justificou. – Dai porque o presidente disse: tão pronto seja vencida a interinidade, que se tenha os estudos para a reimplantação do ministério do Desenvolvimento Agrário – afirmou.

O ministro disse ainda que não vê problemas em relação às futuras críticas que virão por mais uma mudança de posição do governo.

- Não é mudança de posição, vamos otimizar, não vamos ter nenhum funcionário novo. Não haverá “nenhum centavo a mais de custo” da recriação da pasta – afirmou.

Segundo Padilha, o nome do atual secretário – José Ricardo Ramos Roseno – é um dos que o governo conta para essa promoção.

- Não significa dizer que obrigatoriamente seja esse. Sabemos que a bancada do setor na Câmara tem pretensão de indicar um ministro – afirmou, sem adiantar para qual partido a futuro ministério será entregue.

Impeachment

Questionado se o governo trabalha para tentar acelerar o quanto antes o processo de impeachment de Dilma, Padilha afirmou que

- Todos os brasileiros gostariam de ter a solução deste impasse imediatamente. – Estamos há muito tempo vivendo com sentimento de provisoriedade, temos que tornar a coisa definitiva, isso vai dar certeza para todos – afirmou.

Segundo Padilha, mesmo ainda não sendo confirmado como presidente efetivo, Michel Temer “governa como se fosse governar pela eternidade”.

- Ele não pensa em ações que vão terminar no dia x, y ou z – afirmou. – Há um projeto em andamento para todo o mandato e esse projeto ganha mais fôlego a partir da confirmação (de Temer) como presidente – disse.

Padilha disse ainda que pelos cálculos do governo hoje o placar obtido na última fase da votação do impeachment no Senado – de 59 votos a favor da continuidade do processo – “é o piso”.

- Podemos chegar a um teto maior, no limite 62 votos hoje, isso pode variar. Estamos com o cálculo entre 59 e 62 – concluiu.

Fonte: Globo Rural



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