Verificar os mecanismos de controle social e de garantia da qualidade orgânica implementados pelo Organismo de Controle Social (OCS) do Grupo de Produtores Orgânicos do Município de Rio Grande (GPORG). Esse foi o objetivo da visita realizada no local recentemente por representantes da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), que integra a Comissão de Produção Orgânica do Estado do Rio Grande do Sul (CPORG/RS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo a pesquisadora da Fepagro, Sonia Pereira, que faz parte da Comissão, o GPORG é formado por oito produtores orgânicos, um técnico e três consumidores e foi inicialmente organizado por um técnico do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar.
- Teve anteriormente uma visita dos técnicos do Mapa da área dos orgânicos qualificando o grupo sobre todos os procedimentos necessários para formarem um OCS – explica.
As propriedades do grupo ficam nas localidades de Ilha dos Marinheiros, Barra Falsa e Quitéria e trabalham com as culturas de morango, alface, tomate, tomate cereja, cebolinha, salsa, beterraba, abóbora, abóbora japonesa, batata-doce, couve, ervilha, rabanete, rúcula, alho, vagem, pimenta, mostarda, cenoura, brócolis, alho poró, batata inglesa, melão e milho pipoca.
- Nessa visita foi possível conhecer todos os produtores e suas respectivas propriedades, e o propósito foi discutir o que é feito por eles, o que pode ser melhorado, o que está bom e ressaltar/incentivar que as trocas de seus conhecimentos dentro do grupo são muito importantes para se conhecerem, se ajudarem e se tornarem um grupo fortalecido – comenta Sonia.
Conforme a pesquisadora, existem algumas práticas que precisam ser melhoradas: a maioria dos produtores está em conversão; já possuem um canal de comercialização, mas ainda não identificado como orgânico; muitos possuem uma barreira natural, normalmente formada por bambu, para a proteção contra o vento; existe a necessidade de aproveitar melhor os resíduos locais para compor uma boa compostagem com vísceras de peixes/frutos do mar, espécies vegetais aquáticas e palhadas; é preciso rever a questão da correta destinação dos resíduos dos plásticos utilizados nas propriedades.
Fonte: Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária