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PRODUTORES DE BANANA DIVERSIFICAM CULTURA

No Norte do estado, 320 mil toneladas foram colhidas até agora, 12% menos que em 2017. Mas os preços continuam abaixo do custo de produção.

Produtores de banana do Norte de Minas enfrentam uma fase difícil. Alguns estão até abandonando pomares irrigados porque os valores da fruta chegaram a níveis extremos na região, fazendo jus à popular expressão “a preço de banana”.

Até agora, 320 mil toneladas foram produzidas na região, 12% menos na comparação com o ano passado. Mas a produção menor não se reflete nos preços: o quilo tem sido vendido, em média, a R$ 1. Em meses críticos, vai a R$ 0,40, muito abaixo do custo de produção, que chega até R$ 1,30.

“Com a diminuição do consumo no país de forma geral, devido à crise econômica, e com o aumento das áreas produtivas e da oferta, estamos vivendo provavelmente os preços mais baixos da história”, diz Saulo Bresinski Lage, presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte).

Conta alta

Em uma área do Projeto Jaíba Norte de Minas, que reúne 2,5 mil produtores, uma parte que antes era um bananal de quase 2 hectares foi dizimada. Os agricultores não tinham dinheiro para investir em adubo e insumos, que estão muito caros por conta da alta do dólar.

Algumas plantas foram abandonadas, as folhas estão secando e os cachos não se desenvolvem porque não há mais irrigação. E não é por falta de água: os canais do projeto estão em níveis normais, mas custa muito bombear essa água chegar até as lavouras.

A conta de energia do agricultor Lindomar Ferreira, por exemplo, chegou a mais R$ 1,4 mil. Ele não conseguiu pagar e o fornecimento foi cortado. Dos 34 hectares de bananal que tinha, agora só 7 estão em produção.

“A gente foi diminuindo as adubações, diminuindo os funcionários. Infelizmente é uma tristeza mandar um pai de família embora, mas hoje só trabalhamos eu e minha esposa”, conta.

Fonte: Globo rural



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