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“O que vocês do Centro-Oeste do Brasil fazem de diferente do restante do mundo no setor de grãos?” A pergunta dos participantes estrangeiros do Fórum Mundial, que ocorre desde segunda-feira (13), em Goiânia, ao vice-presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, teve uma resposta certeira.

- Não fazemos nada muito distante da realidade de todos. Mas focamos no processo, por parte dos agricultores, de absorção e aplicação das tecnologias desenvolvidas. Isso nos dá uma grande produtividade, que cresce a cada ano – respondeu Schreiner.

Segundo Schreiner, também presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG), o Estado passou por momentos difíceis em 2009, com a descoberta do “pré-sal” e, consequentemente, com o plano econômico do Governo Federal que retirou os incentivos fiscais das usinas e empresas. Esta situação nos trouxe problemas, contou. No entanto, acrescentou que as coisas foram se organizando de forma natural e trouxe ganhos positivos.

- Foi um desenvolvimento agônico. Mas superamos e evoluímos muito, principalmente na área de grãos, nos tornando o que somos hoje, principalmente no cultivo de soja – disse ele.

No início dos anos 90, Goiás conquistava o mercado de etanol, com a cultura de cana-de-açúcar. O Estado, por ter bons resultados com a produção de grãos, teve um forte movimento em razão de sua boa terra e reputação. Então, usinas implantadas em Goiás, depois de fases de rejeição, finalmente estavam em sintonia com os produtores rurais, tanto de grãos quanto de cana-de-açúcar. Ou seja, elas priorizavam os produtores rurais locais como fornecedores, ao invés das fábricas, e assim obtinham os incentivos do governo.

- Tínhamos chegado ao ápice. Provando, tecnicamente, que os produtores rurais quando produziam a parte agrícola, sua eficiência e produtividade eram muito maiores. A competitividade estava em alta – frisou.

Atualmente, Goiás ocupa o 3º lugar na produção brasileira de soja com uma produção de 8,25 milhões de toneladas, safra 2011/2012, e um rendimento médio de 3.120 kg/ha, 17,7% acima da média brasileira. O Estado de Goiás sobressaí ao apresentar contínuo crescimento econômico. Mas, o mais importante, é que o crescimento e desenvolvimento econômico caminham juntos no Estado.

- As mudanças estruturais nas atividades produtivas, implicam melhoria no bem-estar da população. Isso se mostra na elevação do estoque de emprego e a expansão da produtividade do trabalho entre outras conquistas sociais – finalizou Schreiner.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA



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