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POSIÇÃO DA UE SOBRE O GLIFOSATO

Países da União Europeia (UE) decidiram adiar a votação sobre a venda de glifosato. O ingrediente-chave do herbicida Roundup, da Monsanto, tem gerado debates por causa de estudos científicos divergentes sobre o potencial cancerígeno da substância.

- Como estava claro que não haveria uma maioria, optamos por não votar – afirmou um porta-voz da Comissão Europeia, braço executivo da UE.

A proposta que será votada prevê a renovação da permissão de venda por nove anos, a partir do vencimento da permissão atual, que vence em 30 de junho.

Conforme o porta-voz, a Comissão pretende avaliar a melhor resposta após dois dias de debates entre especialistas do países participantes do bloco. Após fracassar na tentativa de obter a maioria pela liberação em março, a Comissão optou por reduzir o prazo proposto inicialmente, que era de 15 anos.

Neste mês, o governo francês se posicionou contra a renovação, enquanto a Alemanha afirmou que vai se abster. Recentemente, Itália e outros países do bloco econômico também se manifestaram contra a renovação da licença.

- Se não houver uma decisão até 30 de junho, o glifosato deixará de ser permitido na União Europeia e os países integrantes terão de proibir todos os produtos com glifosato na composição – explicou o porta-voz.

Se isso ocorrer, as lojas terão seis meses para vender os estoques remanescentes. Após este prazo, consumidores em posse do produto terão um ano para utiliza-lo ou descartá-lo. Os governos terão a prerrogativa de encurtar os prazos.

O processo de liberação do produto pela UE se complicou após a Agência de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontar que o glifosato “provavelmente” tem o potencial de causar câncer em seres humanos. A alegação foi contestada por outras agências, inclusive pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês).O glifosato também está sendo analisado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. No início do mês, a agência chegou a publicar um estudo que apontava “não haver associação” entre o herbicida e câncer. Ainda assim, a agência afirmou que o estudo completo sobre o risco cancerígeno ainda não foi concluído e que pretende analisar informações do Departamento de Saúde norte-americano e de outras agências reguladoras no mundo, para então publicar um posicionamento no fim do ano.

Fonte: Revista Globo Rural



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