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OURO EM ESPIGAS

Preterido em relação à soja como cultura de verão na maioria das lavouras brasileiras, o milho tornou-se um produto concorrido neste início de 2016. Pressionado pela demanda interna e pelo câmbio, o preço do cereal alcançou picos que surpreenderam analistas e animaram produtores. Boa notícia para quem apostou nessa cultura e péssima notícia para as cadeias de aves, suínos e bovinos, que dependem do milho para composição da ração animal.

Vários fatores possibilitaram a alta do cereal. No cenário mundial a oferta diminuiu. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), houve queda da ordem de 30 milhões de toneladas na safra 2015/16 em relação ao ano anterior, em decorrência da redução da área nos EUA, principal exportador do cereal, e da estiagem que atingiu a Europa. Paralelamente, o consumo mundial subiu de 961 milhões de toneladas em 2014/15 para 976,3 mi/ton em 2015/16. Com isso, a relação entre produção e consumo ficou bastante apertada.

No Brasil, segundo estimativa da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção deve ficar em 83,3 milhões de toneladas, e o consumo interno em 58,3 mi/ton. Ocorre que as exportações do cereal foram intensas neste início de ano, fruto da competitividade do grão no mercado internacional, proporcionada pela desvalorização do real frente ao dólar. Com isso, os vendedores adiantaram a comercialização da produção desta safra para aproveitar os bons preços. Em janeiro foram exportadas 4,4 mi/ton e em fevereiro outras 5,3 mi/ton. Para efeito de comparação, em 2015 o volume de milho exportado nos dois primeiros meses foi de 3,1mi/ton e 1,1 mi/ton, respectivamente.

Câmbio e escassez dão o tom

Desta forma, dois fatores impulsionam o preço do milho: o câmbio, que remunera mais em real a produção exportada e passa a balizar os preços no mercado interno, e a escassez do produto. “Como trata-se de uma commodity negociada no mercado internacional, essa conversão cambial pressiona o preço para cima”, explica o analista da cadeia de milho do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Edmar Gervásio.

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Fonte: Sistema FAEP



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