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OTIMISMO NA FEIRA

A venda de máquinas agrícolas e a procura por soluções tecnológicas que visam aumentar a produtividade das lavouras de soja e milho devem puxar as negociações realizadas durante a 18ª Expodireto Cotrijal, feira que acontece em Não-Me-Toque (RS). De acordo com o presidente da feira, Nei César Mânica, neste ano o faturamento deve chegar a R$ 2 bilhões. No ano passado, foram R$ 1,580 bilhão.

Diferentemente dos últimos dois anos, quando os problemas climáticos e a instabilidade econômica atingiram os ânimos dos produtores rurais que visitaram a feira, o que se vê na Cotrijal é um clima muito positivo.

- A safra deve ser ótima e isso está gerando muito otimismo no setor. O clima está perfeito para termos uma excelente safra – afirmou Mânica.

A feira, que começou na segunda-feira (06/3) e termina nesta sexta-feira (10/3) neste ano teve os picos de visitantes e comercializações registrados nos terceiro e quarto dias.

- Nos anos anteriores, percebíamos esses picos nos últimos dias. Neste ano, o pessoal veio decidido a fechar negócio e o que tem facilitado muito também é a disponibilidade de crédito para o produtor rural – diz ele.

No ano passado, 210 mil pessoas visitaram a Cotrijal. A expectativa de Mânica é que a feira deste ano receba um público de 240 mil pessoas.

Neste ano, a Expodireto está ocupando 84 hectares e há pelo menos 511 expositores, dos setores de máquinas agrícolas, tecnologia e defensivos, agricultura familiar, equipamentos e a participação de 70 países.

- Há uma fila de mais ou menos 200 empresas querendo entrar para a Cotrijal – orgulha-se o presidente.

Na região de atuação da Cotrijal, que cobre 32 municípios – cerca de 600 mil hectares – a colheita do milho da safra verão já está na metade, com produtividade média de 250 sacos por hectare e a colheita da soja, ainda no começo, indica produtividade média de 70 sacos por hectare, com picos de 90 sacos por hectare.

- Isso vai depender das tecnologias aplicadas às lavouras, mas de um modo geral, o pessoal está bastante antenado com as novidades do mercado – diz o presidente.

Ele mesmo, entre um negócio e outro que realiza na feira, dá uma espiada em seu smartphone.

- É que o pessoal está no campo e através dos aplicativos, conseguimos acompanhar a colheita toda e resolver os problemas pelo telefone. -

Segundo Nei César Mânica, o desafio da cooperativa agora é promover a inclusão digital de todos os produtores da região.

- A grande maioria já usa, mas ainda temos alguns produtores que não tem tanto acesso [devido a idade] e geralmente, estes não contam com novas gerações dando continuidade ao negócio – diz.  – Esse é um problema [a sucessão familiar] que estamos trabalhando com bastante atenção na região de Não-Me-Toque. -

Devido ao problema, Mânica diz que em algumas microrregiões está havendo até uma mudança no perfil das propriedades.

- As propriedades estão ficando maiores porque, com o problema da sucessão, há muitos produtores vendendo as suas fazendas para os vizinhos – diz ele.

Fonte: Globo Rural



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