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O RETORNO DAS CHUVAS PARA A REGIÃO CENTRAL

A nova atualização dos mapas de tendência de chuvas do Centro Nacional de Previsão Ambiental dos EUA, ligado a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), confirma o retorno das chuvas para áreas centrais do Brasil nos próximos dias. Os volumes, no entanto, ainda serão baixos.

No período de 20 a 28 de setembro, o mapa do centro de previsão meteorológica norte-americano mostra que as chuvas tomam praticamente todo o país, com precipitações altas a moderadas em áreas da região Sul, Sudeste, Norte e até partes do Nordeste. No Centro-Oeste, as chuvas serão leves a moderadas.

Heráclio Alves, meteorologia do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), explica que essa condição pode ser caracterizada uma mudança no padrão meteorológico visto no país nos últimos meses. O Notícias Agrícolas levantou que áreas produtoras de grãos e café estavam sem chuvas há mais de quatro meses.

“Essa mudança deve se concentrar entre os dias 26 e 27 de setembro sobre áreas centrais do país. A chuva avança pelo Mato Grosso do Sul, depois áreas de Goiás e Mato Grosso. No dia 28, até o Sul da Bahia deve ser beneficiado com precipitações”, afirma Alves ao destacar a tendência de melhor padrão para os próximos dias.

Apesar do retorno das chuvas em áreas centrais do Brasil, o meteorologista ressalta que os volumes ainda não tendem a ser tão expressivos. Produtores de grãos, principalmente os sojicultores, aguardam pelas chuvas para iniciar o plantio da safra 2019/20. No café, as lavouras também sofrem.

“Pela configuração do modelo, podemos ter chuvas em áreas centrais do Brasil entre 20 e 25 milímetros, em forma de pancadas, mas como está muito quente isso pode variar muito, com chances até de ventos e chuvas mais intensas em algumas regiões”, destaca Alves.

Além do modelo norte-americano do NOAA, o GFS, o modelo Cosmo do Inmet também aponta o retorno das chuvas para áreas centrais do país nos próximos sete dias, mas é mais moderado quanto a abrangência. O Cosmo prevê chuvas fortes sobre as regiões Norte, Sul e Sudeste, mas também aponta baixos volumes no Centro-Oeste e Nordeste.

“O GFS é mais otimista. Nele, as chuvas se espalham mais. Porém, tanto o modelo americano quanto o brasileiro mostram chuvas para o período, o que é uma coisa boa”, explica Alves.

No final do mês e início de outubro, no entanto, é preciso ficar atento para chuvas, mas com um possível cenário de irregularidade.

Áreas da região Sul chegaram a registrar chuvas nas últimas horas, mas os níveis de umidade ainda não são suficientes para a largada do plantio.

“Esse ano o produtor está segurando o plantio pra esperar uma melhor umidade do solo, para não arriscar tanto.Tem produtor que planta no pó, mas não é o ideal”, disse Marcelo Garrido, economista do Deral ao Notícias Agrícolas.

Para poder iniciar o plantio, é necessário que chova pelo menos 50 milímetros.

“A gente tem algumas expectativas de precipitação para algumas regiões do estado no fim de semana e está todo mundo torcendo para que elas se concretizem”, afirma.

Além do plantio tardio, os produtores da região também estão com receio de que as condições climáticas também afetem o plantio do milho safrinha.

“A situação pode frustrar os produtores que tinham a intenção de plantar bem cedo a soja pra plantar o milho na segunda safra e colher antes”, comenta.

Fonte: Notícias Agrícolas



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