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MILHO: NESTA 5ª FEIRA, MERCADO TENTA DAR CONTINUIDADE AO MOVIMENTO POSITIVO E EXIBE LEVES ALTAS EM CHICAGO

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (3) com leves altas, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,50 e 1,00 pontos, por volta das 7h57 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o maio/16 a US$ 3,57 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo registrado no dia anterior. Ainda assim, o site internacional Farm Futures, reportou que as cotações operam em níveis mais baixos desde meados de janeiro. Ainda faltam informações que possam impulsionar os preços e modificar o atual cenário. Com isso, as cotações seguem atreladas às preocupações com o financeiro, especialmente a economia da China. O comportamento dos preços do petróleo também tem influenciado o andamento dos preços da commodity.
Diante desse quadro, os fundos de investimentos seguem ausentes dos ativos mais arriscados, como as commodities agrícolas. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 1.066,200 milhão de toneladas, contra as estimativas dos investidores entre 700 mil e 1,2 milhão de toneladas.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Em meio ao cenário de oferta ajustada e demanda firme, cotações seguem sustentadas no mercado interno
Em meio a mais nova queda do câmbio, o preço futuro da saca de milho praticado no Porto de Paranaguá permaneceu estável em R$ 34,50 nesta quarta-feira (2). No terminal de Rio Grande, não houve referência para a saca do grão hoje. Em Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, ambas em Mato Grosso, os preços recuaram 3,23% e retomaram o patamar de R$ 30,00 a saca.
Enquanto isso, a moeda norte-americana encerrou a quarta-feira com queda de 1,35%, cotada a R$ 3,8877 na venda. O nível é o menor desde 29 de dezembro, quando o câmbio tocou o patamar de R$ 3,8769. De acordo com dados da agência Reuters, o dólar foi pressionado pelas expectativas em relação aos estímulos econômicos na China, ganhos nos preços do petróleo e pelo noticiário político local.
Em contrapartida, em Cascavel, Londrina e Ubiratã, todas no Paraná, os valores apresentaram leve alta, de 1,52% e saca do cereal era cotada a R$ 33,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade, cenário que tem se mantido apesar do avanço da colheita do grão da safra de verão.
Ainda assim, em algumas regiões do Sudeste e Sul, as recentes chuvas dificultaram a retirada do milho do campo, o que limitou a oferta no mercado interno. E o mercado doméstico segue enxuto, cenário decorrente das exportações fortes observadas a partir do segundo semestre de 2015. E as demandas interna e externa seguem firmes, conforme dados reportados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) essa semana.
Inclusive, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgou que as exportações de milho somaram 5,37 milhões de toneladas em fevereiro. A média diária ficou em 282,9 mil toneladas. O número total ficou bem acima do registrado em fevereiro/15, quando os embarques totalizaram 1,1 milhão de toneladas.
"Ainda assim, acreditamos que os embarques tender a voltar ao ritmo normal para o período, já que nesse instante o foco é a exportação de soja. Os line-ups já não indicam navios para o carregamento do grão no Porto de Santos e a cada dia volumes menores para Paranaguá. E vale lembrar que, os estoques de passagem foram estimados em 10,5 milhões de toneladas, mas se considerarmos a média embarcada no acumulado de fevereiro de pouco mais de 4 milhões de toneladas, teríamos 6 milhões de toneladas de estoques de passagem", informou o pesquisador da entidade, Lucílio Alves.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho mantiveram o tom positivo registrado ao longo do dia e fecharam o pregão desta quarta-feira (2) em alta. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 0,43% e 1,97%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 44,70 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 37,30 a saca.
Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) tiveram mais um dia de volatilidade, mas encerraram o pregão desta quarta-feira (2) próximas da estabilidade. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 0,50 e 0,75 pontos. O contrato março/16 era cotado a US$ 3,54 por bushel, enquanto o maio/16 era negociado a US$ 3,56 por bushel.
De acordo com os analistas, as preocupações vindas do mercado financeiro, entre elas a economia da China, tem contribuído a ausência dos fundos de investimentos desses ativos mais arriscados, como as commodities de forma geral, especialmente as agrícolas. Com isso, há 6 meses, os preços do cereal em Chicago trabalham em um intervalo de  US$ 3,50 a US$ 3,80 por bushel.
Esse comportamento é agravado, porém, pela falta de perspectivas de uma mudança significativa entre os fundamentos das principais entre essas commodities agrícolas, como explica Steve Cachia. "Os preços vêm caminhando de lado, com um viés baixista, já há alguns meses e esse cenário não deve ter alterações muito fortes caso não haja novidades entre os fundamentos, porque isso mantém os especuladores fora desses mercados", diz.
Em entrevista ao site Agriculture.com, o analista de mercado Price Futures Group, Jack Scoville, informou que "as vendas nesses níveis por parte dos produtores é difícil encontrar. Incluindo os sul-americanos. Estamos todos esperando por notícias sobre plantações e a distribuição da área plantada".
Do lado fundamental, existem algumas preocupações com o tempo para a próxima safra norte-americana, porém, ainda é um pouco cedo. "Com isso, ficamos com os fundamentos desse momento. Temos grandes estoques de milho no mercado interno e no exterior e tem havido pouca ou nenhuma notícia nova. Diante desse quadro, acreditamos que os preços podem manter alguma pressão no curto prazo a menos que haja algum problema com a safra da América do Sul, o que poderia obrigar os compradores a preencher algumas necessidades imediatas nos EUA", explicou o estrategista chefe de mercado, em entrevista ao site internacional Agweb, Ted Seifried.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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