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MILHO: NA CBOT, MERCADO ESTENDE OS GANHOS E OPERA ALTA NA MANHÃ DESTA 3ª FEIRA

Os futuros do milho na Bolsa de Chicago abriram em alta na manhã desta quarta-feira (13), mantendo a tendência de alta observada na sessão anterior. Por volta das 8h09 (horário de Brasília), os principais vencimentos exibiam ganhos entre 5 a 3 pontos. O maio/16 vinha cotado a US$ 3,67, subindo 5 ponto, enquanto o março/17 avançava 3 ponto e valia US$ 3,87 por bushel.
A alta significativa também ditou o mercado no fechamento da terça-feira (12), onde as cotações apresentaram elevação de 5 pts, mesmo após o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontar um crescimento nos estoques norte americanos do cereal.
De acordo com o consultor da FCStone, Étore Baroni, a alta da sessão anterior foram motivada basicamente "pela notícia que saiu no final do pregão de que o Brasil poderia retirar a taxa de importação de milho para os países que não são da América do Sul", explica.
Além disso, o relatório do Departamento americano trouxe um fator positivo para o cereal, aumentando a participação do milho para a fabricação do etanol. Assim, a destinação do milho para esse fim passou de 132,62 milhões de toneladas para 133,36 milhões de toneladas.
As atenções do mercado se voltam agora para o desenvolvimento da safra norte-americana e o clima em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, onde o plantio atingiu 4% nesta semana e a virada de ciclo entre El Niño e La Niña começa a preocupar os produtores norte americanos.
Confira como fechou o mercado na terça-feira:
Milho: Após relatório do USDA, mercado recupera perdas e encerra com altas significativas na CBOT nesta 3ª feira
Nesta terça-feira (12), as cotações futuras do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram com ganhos significativos nos principais vencimentos. Pela manhã, o mercado trabalhava em um movimento técnico recuperando perdas do último fechamento e atento ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que foi divulgado nesta tarde.
Com isso, o vencimento maio/16 encerrou o dia com ganhos de 6 pontos e negociação a US$ 3,62 por bushel. Já junho/16 registrou ganhos de 5,6 pontos e encerrou a US$ 3,65 por bushel, enquanto setembro/16 fechou valendo US$ 3,68 por bushel.
O relatório de oferta e demanda do USDA apontou que houve crescimento nos estoques norte americanos de milho, que passou de 46,66 milhões de toneladas em março para 47,42 milhões de toneladas. Apesar disto, estava dentro das expectativas do mercado. Segundo o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o boletim acabou sendo de neutro a positivo para o mercado.
A grande surpresa foi o aumento do cereal destinado para a fabricação de etanol. Segundo o boletim do Departamento, a destinação do milho para etanol passou de 132,62 milhões de toneladas para 133,36 milhões de toneladas no atual relatório. “O USDA começa a caminhar para o lado que o mercado aprova, principalmente por significar um aumento da demanda a longo prazo”, explica Brandalizze.
Além da movimentação em torno do relatório, as altas ainda foram motivadas no final do dia pela possível retirada das taxas de importação de milho pelo Brasil. Segundo o Consultor de Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone, Étore Baroni, o mercado entende que esta possibilidade pode gerar aumento da demanda para o cereal americano.
O Ministério da Agricultura (Mapa) vai propor à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a isenção de impostos para a importação do milho, afim de amenizar a escassez do cereal e os altos preços. “A medida visa conter a alta dos preços das carnes de frango e de suínos, que têm no cereal sua base de alimentação", disse o ministério, em nota.
Mercado interno
Além de ter impactado em Chicago, o anúncio do Ministério da Agricultura também influenciou as cotações na BM&F Bovespa para o cereal, segundo explica Étore Baroni. Nos principais vencimentos, o mercado registrou perdas moderadas.
O contrato maio/16 perdeu 1,61% e encerrou valendo R$ 46,39 por saca de 60 quilos. Julho  /16 também registrou perdas – de 1,71% – e fechou cotado a R$ 38,80 por saca, enquanto setembro/16 ficou valendo R$ 36,45 por saca. O vencimento janeiro/17 perdeu apenas 0,50% e fechou em R$ 39,60 pela saca.
Segundo Vlamir Brandalizze, no interior os negócios seguem parados e quase não há movimentação. Na região sul, alguns produtores ainda finalizam os trabalhos no campo, embora as chuvas dos últimos dias têm atrapalhado a reta final da colheita.
No centro-oeste do país existe a preocupação em relação ao clima, devido a falta de chuvas que já traz perdas de produtividade para algumas áreas. Com isso, Vlamir Brandalizze explica que os produtores estão cautelosos para negociações.
Além disto, os negócios nos portos estão parados e quase não há vendas. “Com negócios em torno de R$ 38 nos portos de Santos e Paranaguá, não há vendedores que esperam preços próximos aos praticados no interior”, explica Brandalizze.
Já o dólar fechou praticamente estável, com alta de apenas 0,01% e cotado a 3,4948 reais na venda. A agência de notícias Reuters aponta que o mercado está pressionando as cotações para baixo, a fim de precificar cada vez mais o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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