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MILHO: MERCADO INICIA O PREGÃO DESTA 4ª FEIRA COM LEVE PERDA, PRÓXIMO DA ESTABILIDADE

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quarta-feira (4) com ligeiras quedas, próximo da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,50 e 1,75 pontos, por volta das 8h12 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel, após encerrar o dia anterior a US$ 3,80 por bushel.
As cotações do cereal voltaram a cair depois de encerrar a sessão de terça-feira em campo positivo. De acordo com informações das agências internacionais, o mercado subiu com o suporte de recompras técnicas em meio às recentes quedas nos preços. Ainda assim, não há notícias que possam impulsionar as cotações, pelo menos por enquanto, conforme afirmam os analistas.
Consequentemente, os investidores acompanham a finalização da colheita norte-americana. Além disso, as vendas nos EUA estão abaixo da média registrada em anos anteriores. "As inspeções de exportação de milho e as vendas para exportação até agora na campanha 2015/16 foram decepcionantes. E a concorrência com as exportações brasileiras devido a grandes suprimentos e taxas de câmbio favoráveis levanta preocupações de que as exportações dos EUA possam ficar aquém da atual projeção", disse Darrel Bom, responsável pelo Departamento de Economia Agrícola e do Consumidor, da Universidade de Illinois em entrevista ao site internacional AgWeb.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Com queda do dólar, preço recua 4,23% no Porto de Paranaguá nesta 3ª feira
A queda do dólar acabou pressionando a cotação da saca do milho no Porto de Paranaguá. A saca do grão encerrou a terça-feira (3) cotada a R$ 34,00, com queda de 4,23%. Por sua vez, a moeda norte-americana recuou 2,39% e fechou a terça-feira a R$ 3,7705 na venda, maior queda diária desde 24 de setembro, quando a moeda caiu a R$ 3,73. Conforme dados divulgados pela agência Reuters, a queda é decorrente da atuação do Banco Central no câmbio e a expectativas de ingresso de recursos no país, em um dia de poucos negócios.
Apesar da queda, as cotações permanecem firmes no mercado interno, ainda sustetandas pela demanda interna, o dólar e as exportações brasileiras. "A demanda interna continua aquecida, principalmente do setor de rações. Temos indústrias buscando fazer estoques, o que deve reduzir a disponibilidade de oferta no mercado", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Já as exportações brasileiras bateram recorde no mês de outubro, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, reportadas nesta terça-feira (3). No total, os produtores brasileiros embarcaram 5,54 milhões de toneladas do grão, com média diária de 264,2 mil toneladas do cereal.
O número indicado ficou acima do maior volume registrado para outubro, superando as 3,95 milhões de toneladas registradas em 2013. Em relação à receita, as exportações renderam ao Brasil cerca de US$ 919,9 milhões, uma alta de 99,1% em comparação com o mês passado. Para essa temporada, a perspectiva é que as exportações superem o recorde de 2013, de 26 milhões de toneladas. Podendo ficar acima de 27 milhões de toneladas de milho.
Bolsa de Chicago
A sessão desta terça-feira (3) foi positiva aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago. As principais posições do cereal fecharam o pregão com leves ganhos, entre 3,40 e 4,00 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,80 por bushel. Os demais contratos da commodity também encerraram o dia abaixo do patamar de US$ 4,00 por bushel.
O mercado do cereal buscou ao longo do pregão de hoje uma recuperação depois das perdas registradas no dia anterior, influência da forte queda observada nos contratos do trigo. Sem grandes novidades que possam impulsionar as cotações do cereal nesse momento, o mercado segue caminhando de lado, conforme ressalta Darrel Bom, responsável pelo Departamento de Economia Agrícola e do Consumidor, da Universidade de Illinois em entrevista ao site internacional AgWeb.
Frente a esse quadro, os participantes do mercado acompanham a finalização da colheita do cereal nos Estados Unidos. De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (1), em torno de 85% da área plantada já havia sido colhida com o cereal. Na semana anterior, o percentual estava em 75%. Em 2014, no mesmo período, a colheita estava completa em 62% da área semeada e a média dos últimos cinco anos é de 79%.
Por outro lado, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ressalta que, a comercialização do cereal continua atrasada nos EUA. "Tivemos boa parte desse espaço coberto pelo milho de origem brasileira. A alta do dólar contribuiu para a competitividade do grão no mercado internacional", afirma.
"As inspeções de exportação de milho e as vendas para exportação até agora na campanha 2015/16 foram decepcionantes. E a concorrência com as exportações brasileiras devido a grandes suprimentos e taxas de câmbio favoráveis levanta preocupações de que as exportações dos EUA possam ficar aquém da atual projeção", disse Bom. Para essa temporada, o USDA aposta em exportações de milho da ordem de 46,99 milhões de toneladas.
E a expectativa é que nas próximas semanas comece a nevar no Meio-Oeste do país, o que irá dificultar a retirada do milho das propriedades. "E também deveremos ter a confirmação de uma safra menor nos EUA, no próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que será reportado no próximo dia 10 de novembro", explica.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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