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LIVRE DE AFTOSA

Hoje o Brasil comemora um novo status sanitário: livre de febre aftosa com vacinação. O certificado internacional foi entregue pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, durante a 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial, em Paris.

Apesar de o Brasil estar a 12 anos sem registro da doença nos rebanhos, os estados do Amazonas, Roraima, Amapá e parte do Pará ainda não tinham sido reconhecidos pela OIE como áreas livres da enfermidade.

“Com esse certificado, nós saímos da relação de países com áreas livres de febre aftosa e nos tornamos um país livre da doença com vacinação. No momento que temos o país todo na mesma condição sanitária, a segurança é muito maior”, disse o coordenador do Grupo Técnico de Defesa Sanitária da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Decio Coutinho.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, o reconhecimento pela OIE é uma grande vitória e conquista do setor e representa um futuro muito positivo para a pecuária brasileira.

“É uma honra representar um estado que vem lutando há mais de 50 anos contra a doença. São mais de 80 mil pessoas que vivem da pecuária amazonense. Acredito que a partir desse dia teremos valorização dos nossos produtos e abertura de mercados”.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (FAEAP), Luiz Iraçú Colares, agradeceu os pecuaristas brasileiros por contribuírem para essa importante conquista.

Santa Catarina é o único estado reconhecido pela OIE como livre de febre aftosa sem vacinação. De acordo com Decio Coutinho, o próximo passo é erradicar a doença em todo o território brasileiro e obter o certificado internacional do país como livre de aftosa sem o uso da vacina.

Para isso, o Mapa elaborou o Plano Estratégico para o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê ações estratégicas para ampliar as zonas livres sem vacinação.

“Para facilitar o processo de transição de país livre com vacinação para livre sem vacinação, os estados foram separados em cinco blocos. A retirada das vacinas está dividida em três etapas, iniciando em 2019 e finalizando em 2023”, explicou Decio.

Fonte: Gazeta do Povo



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