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LEVE BAIXA

O dólar trabalhava em leva baixa ante o real nesta terça-feira, após o governo se esforçar para dar andamento à reforma da Previdência no Congresso Nacional e um dia depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor’s ter colocado em observação negativa a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil.

Às 10:16, o dólar recuava 0,14 por cento, a 3,2717 reais na venda, depois de ter acumulado alta de 4,55 por cento desde a eclosão da crise política que acertou em cheio o presidente Michel Temer, em meados da semana passada. O dólar futuro era negociado praticamente estável.

- A tendência do dólar segue indefinida, podendo voltar a subir fortemente se a crise envolvendo o presidente Michel Temer se estender por muito tempo – avaliou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

Temer é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, em investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley Batista, do grupo JBS. Temer teve uma conversa gravada pelo empresário.

No entanto, para tentar mostrar força, o governo vem se esforçando para ver sua pauta econômica andando no Congresso Nacional. Na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou que a votação da reforma da Previdência deve começar entre os dias 5 e 12 de junho na Casa.

E, nesta sessão, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado iniciou a audiência pública para debater o projeto de reforma trabalhista, com expectativa de apresentação do parecer do relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), após o término do debate.

Do lado negativo, a S&P decidiu colocar em observação negativa a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil, hoje em BB, citando justamente o aumento das incertezas políticas. A observação negativa reflete o risco de corte no rating nos próximos três meses.

O Banco Central realizou nesta sessão o último dos três leilões anunciados de novos swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares– para tentar reduzir a volatilidade no câmbio após o estouro da crise política. Foram vendidos todos os 40 mil contratos.

A autoridade monetária ainda realizará leilão de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos com vencimento em junho.

Fonte: Reuters

 



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