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GANGORRA DO AGRONEGÓCIO

Entre quarta-feira (17) e sexta-feira (19) o dólar comercial teve a maior alta em 18 anos e a maior baixa em nove anos. A intensa variação tem relação direta e exclusiva com um novo capítulo da crise política que contamina a economia brasileira. O câmbio saiu de R$ 3,13, foi a R$ 3,39 e recuou para R$ 3,25. Uma gangorra com efeitos colaterais igualmente intensos na economia nacional, em especial nas relações de comércio internacional que atinge em cheio o agronegócio. No mercado de grãos, causa euforia e apreensão, no campo e no mercado.

Enquanto o produtor entrou vendendo forte, o comprador até correspondeu à disposição da oferta, mas não muito. Isso porque o desastre político que contaminou a economia e trouxe um dólar totalmente fora da curva também estabeleceu um ambiente de incertezas e de muita insegurança dos rumos que o câmbio iria ou irá tomar. Um cenário vulnerável e de muita precaução para grandes negócios, apostas e transações.

Para não fugir à regra, gangorra também na relação entre câmbio e cotação na Bolsa de Chicago, referência na formação de preço no mercado internacional de commodities agrícolas. Foram e serão raros os momentos de alta simultânea no dólar e em Chicago. E desta vez não foi diferente. A apreciação do dólar veio com uma depreciação dos preços internacionais das commodities agrícolas. A soja, que na quarta-feira atingiu US$ 9,75/bushel (27,2 quilos), encerrou a sexta-feira cotada a US$ 9,44/bushel.

Fonte: Gazeta do Povo



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