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FÓRUM SOBRE SUINOCULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO É DESTAQUE EM BRASÍLIA E FLORIANÓPOLIS

A equipe do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono continua realizando os fóruns nas principais regiões produtoras de suínos do País. No mês de maio de 2016, estudantes, produtores, empresários, entre outros representantes da área rural de Santa Catarina e do Distrito Federal tiveram a oportunidade de receber o evento com informações sobre a importância do reaproveitamento dos dejetos animais. A média de participantes em cada edição foi de 130 pessoas. 
O grupo de consultores contratados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (MAPA) foi a Florianópolis (03 a 05 de maio), na Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos (Avesui 2016) e em Brasília (10 a 14 de maio), na Feira Internacional dos Cerrados- AgroBrasília. O objetivo do Fórum é mostrar os benefícios gerados ao tratar os resíduos dos animais. O produtor pode gerar mais renda, energia e biofertilizantes, possibilitar mitigação dos impactos ambientais e aumentar a oferta de biogás. Além de reduzir os custos de produção, de fertilizantes industrializados e a emissão de gás metano (CH4) e de outros Gases de Efeito Estufa (GEE). 
“Cada vez mais o consumidor está exigindo uma atenção maior para o meio ambiente e o bem-estar animal e ao mesmo tempo são questões que podem trazer mais benefícios na própria atividade do produtor, seja na redução dos custos do uso do biogás ou na melhoria da produtividade com a adoção de técnicas de bem-estar animal”, destaca o médico veterinário Iuri Machado, durante o Fórum em Florianópolis, na Avesui 2016. Segundo o empresário, ambas não atendem somente a demanda da suinocultura, mas da sociedade de um modo geral.
A utilização do biogás traz benefícios econômicos diretamente para o produtor, pois a energia produzida nas propriedades pode ser utilizada no aquecimento de água para cozimento nos domicílios e para higienização das instalações da produção rural. Os produtores, que agora possuem aquecedor de água e ordenhadeira mecânica, aumentaram a produtividade e o seu próprio bem-estar.
O empresário Luiz Guilherme destaca a importância do assunto. “O que vejo no Fórum é uma preocupação com a melhoria da auto-sustentabilidade na questão dos dejetos dos animais. O foco das palestras foi muito prudente para o momento em que nós estamos vivendo, exatamente com a alta do milho e novas dificuldades que estão acontecendo na suinocultura. Penso que as soluções diversas apresentadas são muito importantes, principalmente para o produtor conseguir driblar essa crise que estamos vivendo e passar por esse momento”, diz.
O Fórum é uma ação do projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, coordenado pelo MAPA com o apoio da Embrapa Suínos e Aves, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Os consultores levantaram modelos de tratamento de dejetos animais, seguidos da avaliação econômica de cada um e o resultado dessa pesquisa está sendo propagado nos fóruns. Marechal Candido Rondon/PR, Belo Horizonte/MG, Rio Verde/GO, Concórdia/SC e Lucas do Rio Verde/ MT também receberam o evento.
Temas como viabilidade econômica, tecnologias de produção mais limpa na suinocultura, maneiras de aplicar para mitigar as emissões de GEE, o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), bem-estar animal e financiamento e linhas de créditos para tecnologias voltadas para uma produção mais sustentável, estão entre os assuntos destacados pelos palestrantes – profissionais do MAPA (consultores e fiscal federal), da Embrapa e Banco do Brasil.
Brasília – DF (AgroBrasília)
Na Capital Federal, o projeto proporcionou três eventos distintos. Intitulado “Encontro Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono”, possibilitou experiências e dicas apresentadas por meio do Fórum e de um Dia de Campo na Fazenda Miunça.  

Durante a Feira, entre os dias 10 a 14 de maio, o encontro também contou com uma Vitrine Tecnológica disponível para mostrar os sistemas de baixa emissão de carbono, mecanismos de produção mais limpa e o aproveitamento econômico de resíduos na produção de suínos. O Secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, José Guilherme Tollstadius Leal, inaugurou o Fórum destacando que o Distrito Federal tem uma suinocultura forte em tecnologia, mas é necessário avançar também na questão de reaproveitamento do tratamento dos dejetos. Leal aproveitou para informar uma notícia positiva para o setor da suinocultura.
“No Distrito Federal, tivemos uma majoração das taxas de licenciamento geral em todas as atividades focadas na agropecuária. A partir disso houve uma movimentação da Câmara Setorial dos produtores de aves e suínos, e no dia 12 de maio, o governador assinou uma redução dessa taxa no DF”, disse.

Durante o evento, um automóvel movido a biometano da Usina Hidrelétrica de Itaipu esteve à mostra. O carro foi exposto no Circuito de Energia Renovável do Espaço de Valorização da Agricultura Familiar (EVAF), organizado pelo MDA, Embrapa Agroenergia e Emater/DF na AgroBrasília.
“Eventos desse porte como o Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono são muito bem-vindos para a Itaipu. Para mim foi uma agradável surpresa poder estar presente. Fica uma nova possibilidade de propagação, não pela Itaipu, mas pelo projeto. Ou seja, significa as alternativas que se tem como disposição de energia e de valorização de agricultor que também tem a possibilidade de gerar sua própria energia para manter o próprio carro”, destaca o chefe de escritório da Itaipu em Brasília, Zoltir Chiapetti.
Dia de Campo na Fazenda Miunça
Na propriedade, os participantes viram de perto a produção de sistema de tratamento de dejetos suínos que contempla o aproveitamento do biogás para geração de energia elétrica. A granja, do produtor Rubens Valentini, será pioneira na geração de energia a partir do biogás no Distrito Federal. A fazenda está na fase final da implantação de um modelo de tratamento de dejetos na adesão do conceito de geração distribuída. Dessa forma, vai gerar energia elétrica na propriedade e injetar na rede da concessionária local, a Companhia Energética de Brasília – CEB.

Essa última fase prevê o uso do biogás para a geração de energia em dois geradores de 120 kWa. Além disso, a energia térmica (oriunda do escapamento dos motores) será aproveitada no aquecimento dos pisos térmicos que proporcionaram maior conforto aos leitões de maternidade. “Estamos fechando um ciclo, pois o meio ambiente e o bem-estar animal serão beneficiados por meio do aproveitamento dos dejetos”, destaca Valentin. O projeto se viabilizará em três anos. 
Fonte: Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono
 

Fonte: Canal do Produtor



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