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EXPORTAÇÕES DE CARNE SUÍNA

Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura, embutidos e processados) totalizaram nos sete primeiros meses deste ano 413,3 mil toneladas, volume 42,2% superior ao registrado no mesmo período de 2015.

Considerando apenas o mês de julho, entretanto, houve queda de 3,6% no total embarcado pelo país, chegando a 60,1 mil toneladas.

No saldo cambial, os embarques totais do segmento chegaram em 2016 a US$ 755,3 milhões, número 6,2% acima do alcançado no ano anterior.  Em julho, entretanto, houve queda de 23,5%, com resultado de US$ 121,5 milhões.

Em reais, foi registrada retração de 22,8% nos embarques realizados em julho, chegando a R$ 395,1 milhões.  No ano, o setor acumula alta de 25,8%, com R$ 2,723 bilhões.

- Apesar da queda comparativa em relação ao sétimo mês de 2015, quando tivemos um desempenho fortemente influenciado pelo acúmulo de cargas nos portos como resultado da greve dos fiscais federais e de problemas climáticos, os resultados de julho deste ano atingiram volumes semelhantes ao alcançado em junho, mantendo a média registrada até agora no ano.  Este desempenho tem ajudado a reduzir os impactos da crise econômica interna brasileira, que vem influenciando os níveis de consumo de alimentos, de forma geral – analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

Dentre os destinos de exportação, a Rússia segue na liderança com 17,1 mil toneladas embarcadas – 50% a menos em relação ao mesmo período de 2015.  No ano, o resultado ainda é positivo em 4%, com 136 mil toneladas embarcadas entre janeiro e julho deste ano – o equivalente a 33,3% do total embarcado pelos portos brasileiros no ano.

Novamente figurando como segunda maior importadora mensal de carne suína do Brasil, a China importou no mês passado 13,1 mil toneladas – contra 356 toneladas em julho de 2015.  O país foi responsável por 22,2% do total embarcado pelo Brasil no sétimo mês de 2016.  No ano, o mercado chinês segue como terceiro maior destino, com 54,6 mil toneladas embarcadas entre janeiro e julho – frente a 662 toneladas efetivadas no mesmo período do ano passado.  O saldo representa 13,4% do total embarcado pelo Brasil.

Também em um momento aquecido, os embarques para Hong Kong apresentaram elevação de 23% em julho – com 11,5 mil toneladas exportadas – e de 58% no acumulado dos sete primeiros meses do ano – com 98,2 mil toneladas embarcadas, o equivalente a 24% de tudo o que o Brasil exportou no período.

- Há uma reconfiguração na participação dos mercados sobre o saldo geral.  Antes responsável por quase metade de tudo que exportávamos, a Rússia, mesmo elevando suas compras, importa o equivalente a um terço do total do ano.  Em sentido contrário, China e Hong Kong incrementaram suas importações, assim como outros mercados da Ásia e América do Sul como Chile, Argentina, Uruguai e Singapura.   O setor hoje é menos dependente das vendas para o Leste Europeu – analisa Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.

Fonte: ABPA



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