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EXPORTAÇÃO DE SUCO DE LARANJA

A exportação de suco de laranja do Brasil, maior exportador global, encerrou a temporada 2016/17 (julho/junho) no menor nível em mais de 25 anos, com o setor sofrendo o impacto de uma quebra acentuada de safra, informou nesta segunda-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

O setor registrou uma queda de 18,6 por cento na oferta de laranja na safra 16/17, para 245,31 milhões de caixas.

Dessa forma, as exportações brasileiras de suco de laranja congelado e concentrado equivalente a 66º Brix (FCOJ Equivalente) somaram 894.669 toneladas no acumulado da safra 2016/2017, uma redução de 17 por cento ante o volume da temporada 2015/2016, de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) citados pela CitrusBR.

Foi o pior patamar desde a safra 1990/91, quando as exportações somaram cerca de 802 mil toneladas.

A receita gerada com os embarques na temporada 2016/17 teve queda de 7 por cento na comparação com a safra anterior, somando 1,621 bilhão de dólares, o menor valor obtido pelo setor desde 2009/10. Essa indústria já chegou a exportar mais de 2 bilhões de dólares, em seus melhores momentos.

O resultado em divisas não foi tão ruim comparativamente com o volume porque os preços amenizaram a queda nos embarques.

- O preço por tonelada foi melhor, mas como foi muito baixo o volume… Cai na história de que faltou suco – afirmou o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

A União Europeia, maior mercado do suco de laranja brasileiro com 66,7 por cento de participação, importou no período 579.556 toneladas, retração de 23 por cento. Em receita, a queda foi de 14 por cento, com um total de 1,05 bilhão de dólares.

Para os Estados Unidos, o recuo foi de 13 por cento, encerrando o período com um total de 172.777 toneladas.

- A boa notícia é que, apesar da redução nos volumes, a receita registrou crescimento de 4 por cento e fechou em 317,5 milhões de dólares – disse a CitrusBR em nota.

Para o Japão, o volume embarcado fechou o período com uma queda de 9 por cento, somando 40.996 toneladas. Já para a China os volumes registraram alta de 8 por cento, com 29.549 toneladas.

A retração nos embarques totais já era esperada, ressaltou a associação, uma vez que as empresas associadas à CitrusBR processaram um total de 185,5 milhões de caixas de 40,8 quilo, volume 22 por cento menor ante a safra anterior.

Para o próximo ano, a expectativa é de recuperação, uma vez que haverá maior oferta de laranja.

A safra de laranja 2017/18 da região citrícola de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais deverá atingir 364,47 milhões de caixas de 40,8 kg, aumento de quase 50 por cento ante a fraca temporada anterior, segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). Nesta área, estão situadas as principais unidades exportadoras de suco do Brasil.

Fonte: Reuters



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