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ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DE MERCADO

O projeto Lavouras Expositivas, desenvolvido em parceria pela Fundação Meridional e pela Embrapa, vem se consolidando como uma importante ferramenta de desenvolvimento de mercado para as cultivares de soja. Nos últimos dois anos, ampliou-se significativamente o número de lavouras expositivas nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, saltando de 60, na safra 2015/2016, para quase 1000 áreas, na safra 2016/2017.
O diretor-presidente da Fundação Meridional, Josef Pfann Filho, explica que esta expansão só foi possível a partir da parceria estabelecida com a Embrapa, que disponibilizou boa parte das sementes para as áreas demonstrativas.

- Com este acordo, os custos não aumentaram muito em relação à safra a safra 15/16, porém com uma ampliação expressiva de locais, aumentando em torno de 1000% a quantidade de lavouras – comenta Pfann.

O objetivo da campanha é aproximar agricultores, técnicos e pesquisadores, para que juntos possam acompanhar a performance das novas cultivares de soja BRS em relação às principais variedades do mercado.

- Esse é um trabalho de parceria que fizemos para voltarmos a ter participação significativa no mercado – relata o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Soja Alexandre Cattelan. – Agora que estamos com a genética da Embrapa batendo recordes de produtividade, percebemos que o produtor não conhecia as novas cultivares. Avaliamos como positiva a campanha, porque percebemos que houve aumento na demanda pelas novas sementes – comemora Cattelan.

Avaliação positiva- A metodologia para transferência de tecnologias vem conquistando os coordenadores regionais e os agricultores do Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, principalmente porque permite realizar comparações e observar o desempenho das cultivares nas diversas condições de ambiente.
Para o coordenador da região dos Campos Gerais (Paraná), Celso Luiz Nima Junior, o projeto possibilita uma visão ampla sobre produtividade, adaptação e rendimento das cultivares, além proporcionar um marketing efetivo, permitindo um contato pessoal do agricultor com a cultivar apresentada.

- Consideramos que este é um trabalho que fideliza o produtor, divulgando o serviço e o produto – define Nima.

Segundo o coordenador da região oeste do Paraná, José Rafael S. de Azambuja, o agricultor responsável pela condução das áreas se torna um aliado, um divulgador estratégico do material apresentado.

- Com este tipo de inovação, certamente haverá uma forte geração de demanda para estas novas cultivares BRS, que tem apresentado resultados muito bons nas últimas safras – afirma o engenheiro agrônomo, que também é responsável pela condução de ensaios com linhagens da Embrapa, na região de Cascavel-PR.

O coordenador do projeto em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e nas regiões Norte e Sudoeste de São Paulo, Gilberto Vieira Pimentel Filho,  diz ser importante o agricultor poder mensurar exatamente quanto produz.

- É possível visualizar dentro da realidade de cada região, inclusive em comparação com as cultivares comerciais – resume.

Para o coordenador das regiões sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina, Luiz Tarcísio Behm, o maior atributo deste projeto é facilitar o acompanhamento e o desenvolvimento da variedade no campo, com uma área expressiva, atestando rendimento, produtividade, sanidade e manejo.

- Sem dúvida, o que vale é a exposição do material, além de poder confrontar resultados – afirma.

Para o técnico, o projeto ainda gera um impacto regional, atingindo um grande número de produtores rurais, parceiros, cooperativas e revendedores.

Paraná – O responsável técnico da Agrobrasil, de Marechal Cândido Rondon (PR), Mauro Valério Stachelski, elogiou a performance da BRS 388RR, cultivada em 20 propriedades, que compreendem uma área aproximada de 500 hectares de testes, nos municípios de Entre Rios e Marechal Cândido Rondon, ambos no Paraná. Segundo ele, a produtividade destas lavouras ficou entre 170 e 185 sacas/alqueire, uma média fantástica, considerando que as plantas chegaram a 95 centímetros de altura, com até 120 vagens por pé.

O agricultor Rogério Kuhn, de Entre Rios (PR), conduziu uma lavoura expositiva da BRS 388RR na última safra de verão e afirma que o resultado foi realmente surpreendente.

 – Coisa de outro mundo – enfatiza.

A produtividade chegou a 185 sacas por alqueire. Ele iniciou o plantio na segunda quinzena de setembro. Ainda de acordo com o produtor, o bom resultado se deve à precocidade, uma vez que outras cultivares mais tardias registraram performance menor por causa do calor.

Também aprovou o resultado da lavoura expositiva o agricultor Rui Santo Basso, de Marechal Cândido Rondon (PR). Segundo ele, a lavoura não registrou problemas sanitários na última safra, respondendo bem, mesmo com as altas temperaturas em dezembro. Ele pretende repetir a experiência na próxima safra de verão. No norte do Paraná as cultivares BRS também apresentaram ótimo desenvolvimento. Robson Douglas Maggi trabalha com uma área de 10 alqueires em Ibiporã (PR) e testou a BRS 1003IPRO em uma área de um alqueire.

- O mais interessante é que ela não acama, diferente das demais – testemunhou.

Segundo o agricultor, a BRS 1003IPRO não apresentou problemas durante todo o ciclo, registrando excelente média de vagens por pé. A perspectiva é ampliar o cultivo da BRS 1003IPRO na próxima safra.

O consultor de Primeiro de Maio (PR), José Alberto  Bortholazzi, foi um grande apoiador na distribuição das sementes para agricultores na região e afirma que as variedades da Embrapa apresentaram uniformidade e ótima homogeneidade. Outra característica importante foi a boa espessura e porte das plantas, que também conseguiram segurar carga significativa. O técnico ainda destaca que todas as cultivares testadas apresentaram resistência a doenças foliares.

- São materiais que apresentam bom potencial para nossa região – destacou Bortholazzi.

Fonte: Embrapa



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