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ESTIAGEM AFETA LAVOURAS DE CAFÉ

Rondônia, que é o quinto maior produtor de café do país, e o segundo maior produtor do café conilon, 80% dos cafeicultores praticam agricultura familiar. É o caso do agricultor Jaime de Jesus Alberti, que toca a lavoura com os filhos Ádani e Wender.

A expectativa na propriedade da família era colher 120 sacas, em seis mil pés de plantação. Em outros anos já se conseguiu bem mais: até 190 sacas. Mas desta vez, faltou chuva. E se não fosse a irrigação, seu Jaime afirma que não teria nem a metade do pouco que conseguiu produzir.

- Praticamente, posso dizer que não teve um período de água como a gente costuma ter, não teve. Durante o período de junho do ano passado até agora – lamenta.

Capixaba que migrou para Rondônia há 14 anos, seu Jaime deve vender por cerca de R$ 320 cada saca de café colhido no capricho e seco no terreiro.

Se a cerealista, em Machadinho D’Oeste, tiver que buscar, limpar e secar o café, paga  menos: no máximo, R$ 300. Ainda assim, é bem mais do que pagou no ano passado, como confirma o comerciante Julio Baena:

- O ano passado estávamos pagando R$ 200, R$ 220, esse ano até R$ 300 R$ 320 a gente paga, no café limpo – afirmou.

A previsão de safra, em todo o estado, é em torno de um 1,626 milhão de sacas. Uma queda de 5,6% em relação à safra de 2015, de 1.723 milhão.

Com o incentivo da extensão rural, Rondônia vive uma migração do café tradicional – de semente – para o clonal, que é o que reproduz uma matriz de produtividade alta.

Alessandro Pedralli, agrônomo da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (EMATER-RO) explica as vantagens dessa migração:

- O clonal, a gente consegue ter uma planta mais produtiva, consegue ter uma maior tolerância a déficit hídrico, que é o período de estiagem, período de seca. E também a gente consegue ter, dentro da mesma lavoura, um café precoce, um café intermediário e um café tardio, podendo aí buscar melhores preços também – disse.

Fonte: G1 – Globo Rural

 



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