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DÓLAR

O dólar encerrou a segunda-feira em queda de mais de 1 por cento e retornou ao patamar de 3,10 reais, com atuação do Banco Central no mercado e esforços do governo para manter o cronograma de votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional animando os investidores.

O dólar recuou 1,34 por cento, a 3,1044 reais na venda, maior queda desde 15 de março passado, quando cedeu 1,83 por cento.

Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,0939 reais. O dólar futuro tinha baixa de 1,32 por cento no final da tarde.

- (O anúncio do swap) indica precaução do BC ao cenário geopolítico, assim como pontual cautela ao cenário político nacional em tempos de delações da Odebrecht – comentou a corretora H.Commcor em relatório a clientes.

Após do fechamento do pregão passado, o BC sinalizou que pretende rolar integralmente os 6,389 bilhões de dólares que vencem em maio em swaps cambiais tradicionais equivalentes à venda futura de dólares.

No primeiro leilão, nesta sessão, foram vendidos todos os 16 mil contratos ofertados, equivalentes a 800 milhões de dólares.

A última vez que o BC rolou integralmente swaps tradicionais foi os com vencimento de fevereiro. Hoje, o estoque de swaps está em pouco menos de 18 bilhões de dólares.

- O BC… já se antecipou. Essa semana vai ser crucial, o governo vai mostrar se conseguiu agregar sua base, se ela tem alguma força – comentou a diretora de câmbio da corretora AGK, Miriam Tavares.

A cena política ficou mais sensível após a abertura de uma série de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo diversos ministros do presidente Michel Temer e importantes políticos da base aliada no âmbito da Lava Jato, com delações de executivos da Odebrecht.

Com isso, o governo tem se esforçado para garantir a aprovação da reforma da Previdência nos próximos meses, mesmo que abrindo mão de pontos da proposta original.

Na noite passada, Temer pediu a parlamentares aliados e ministros que atuem para manter o cronograma de votação da reforma no Congresso. Na terça-feira, o relator da matéria, deputado Arthur Maia (PPS-BA), apresenta seu parecer em comissão especial da Câmara.

- Em tempos de delações e Lava Jato, o plano de fuga do Planalto é avançar com as reformas. Temer tenta mostrar que as atividades não estão paralisadas – informou a corretora Guide em relatório.

No exterior, o dólar operava em queda neste início de semana, contribuindo para a trajetória doméstica, após dados de inflação norte-americanos no final da semana passada terem enfraquecido ainda mais apostas de mais aumentos de juros nos Estados Unidos além dos dois já precificados pelo mercado para o restante do ano.

O dólar caía ante uma cesta de moedas, também com tensões crescentes com a Coreia do Norte e que alimentavam a corrida para ativos seguros.

Fonte: Reuters



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