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DELAÇÃO JBS

O primeiro teste será na Bolsa: quanto a companhia consegue segurar seu valor de mercado. A cada investida policial, o preço das ações da JBS sofre um abalo. Mas tem se recuperado em seguida.

O segundo será na operação da empresa. A JBS tem 220 fábricas em 20 países, incluindo os Estados Unidos e a Austrália, e clientes em todos os continentes. Por essa razão, é mais difícil que os efeitos aqui sejam sentidos —ao menos no curto prazo.

Na avaliação do presidente de um dos maiores bancos do país, credor de fatia importante da dívida da JBS, a companhia é sólida e não há risco de insolvência.

Segundo esse banqueiro, a situação da empresa é muito diferente, por exemplo, da enfrentada pela Odebrecht, que se viu enredada no escândalo de corrupção num momento em que muitos de seus projetos ainda não davam retorno esperado e dependiam de vultosos investimentos.

A JBS, por outro lado, fez aquisições relevantes nos últimos anos, e entra na crise em situação financeira mais confortável —fechou 2016 com receitas de R$ 170 bilhões e dívida líquida de R$ 47 bilhões.

A estratégia de identificar bons alvos para compras e abocanhá-los no mercado catapultou a JBS ao posto de poderosa multinacional. E foi justamente o acesso a recursos públicos para essa expansão que levou a empresa à mira dos investigadores.

Fonte: Folha de S.Paulo



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