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CRESCIMENTO DO PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 0,4% em 2015, segundo números finais do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/ USP, com apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O desempenho positivo, embora modesto em comparação com anos recentes, significou uma reversão da tendência de queda no setor, ocorrida em grande parte do ano passado. O resultado aconteceu especialmente devido ao comportamento verificado no último trimestre de 2015, quando o destaque foi o ramo agrícola.

O desempenho da agricultura apresentou crescimento de 1,12% em 2015, na comparação com 2014.  De acordo com o Cepea/CNA o resultado final do setor agrícola no ano passado foi positivo em todos os segmentos, com exceção do agroindustrial.  Os números finais do setor agrícola ficaram assim definidos: insumos 3,8%; segmento primário 2,73%; serviços 0,41% e agroindústria  negativo 0,10%.

Já o ramo pecuário encerrou 2015 com queda de 1,14%, com os destaques negativos ficando com segmento primário, redução de 1,43%, e o industrial que apresentou queda de  1,67%.

Retração econômica

O relatório do Cepea/CNA destacou que 2015 foi um ano ruim para a economia brasileira como um todo, fato comprovado pela queda de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A exceção, conforme a CNA, foi a agropecuária que apresentou crescimento. Os demais setores tiveram queda, caso da indústria queda de 6,2% e dos serviços redução de 2,7%. A pressão inflacionária, o desemprego crescente e as elevadas taxas de juros deterioram o poder de compra da população e afetaram os investimentos, avaliou a CNA.

Outro dado relevante foi que a valorização do dólar frente ao Real provocou consequências diferentes sobre o desempenho do agronegócio brasileiro. A CNA destacou que, como grande parte dos insumos utilizados na produção agropecuária são importados,

- O movimento cambial provocou aumentos expressivos nos custos de produção, influenciados ainda pela elevação preço da tarifa de energia elétrica e nos preços dos combustíveis – disse.

Ao mesmo tempo, especialmente no decorrer do segundo semestre do ano passado, a valorização cambial ajudou a amenizar a retração ocorrida nas cotações dos preços internacionais, em dólares, na rentabilidade das culturas e de agroindústrias voltadas para o mercado externo, de acordo com a avaliação da CNA. A recuperação dos preços da soja, milho, carnes, açúcar e do papel e celulose está entre os principais fatores que permitiu o desempenho positivo do agronegócio em 2015.

Fonte: CNA



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